domingo, 23 de setembro de 2018

Panorama eleitoral nos Finalmente


                       

         Colocados diante de Jair Bolsonaro (PSL) e de  Fernando Haddad  (PT), candidatos do grupo intermediário têm prazo certo  para tentar reverter a sua eventual exclusão do segundo turno.
            De um lado, no bloco intermediário, Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB) e Marina Silva (Rede) têm catorze dias para mudar um quadro que lhes barraria a respectiva entrada no segundo turno.
             Ciro Gomes é o que, atualmente, talvez tenha maiores chances de quebrar esse círculo de ferro, que ele chama de polarização odienta. Dentre os seus piores adversários e mesmo inimigos, já foi identificada a mais perigosa e mesmo nociva: a sua própria língua e consequente temperamento.
              Geraldo Alckmin não mostra em seus números,  sua presença de antes.  Os próprios marqueteiros não indicam, tampouco. que vão alterar a busca do voto útil. Por outro lado, não seguiram a orientação de FHC, o que, em se tratando de alguém que  venceu duas eleições presidenciais seguidas,  mereceria sem dúvida maior atenção. Até o presente, falta-lhe aquela dinâmica que traduz para o eleitor tanto  a determinação com que se proporia a enfrentar situação por ora pouco favorável, mas da qual não transmite a impressão de férrea vontade de levar de roldão os eventuais obstáculos..
               Por sua vez Marina - que foi a mais atingida pelo crescimento das intenções de voto de Fernando Haddad (PT) -  não mostra o dinamismo que teve no embate contra Dilma Rousseff - do qual só foi afastada do Segundo Turno pela propaganda enganosa (e a proteção oficial) com o ataque odiento que lhe foi feito no mais do que questionável quadro de que ela estaria tirando a comida da mesa do trabalhador... Se ela fosse para o segundo turno e não Aécio Neves, Dilma não teria sido vítima do impeachment, pela simples circunstância de que Marina ganharia a eleição... Mas a  situação era bastante diversa, e a vitória de Dilma - que mais tarde se tornaria vitória de Pirro - era favas contadas.
                 É uma pena que Marina - por uma série de circunstâncias, a começar por um ridículo espaço de propaganda eleitoral (de que ela, me pesa dizê-lo, é em boa parte responsável indireta) não possa transmitir o respectivo programa com a ênfase e o espaço necessários. De qualquer forma, não será uma grande surpresa se Marina, a real defensora dos fracos e oprimidos, surgir dentro da mediocridade ambiente com aquela antiga disposição que já mostrou com a força e a integridade que lhe é própria  na primeira eleição da Rousseff.        

( Fontes: O Estado de S. Paulo; experiência pessoal.)   

   

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