A ultra-direita, antes
relegada às notas de pé-de-página, com as suas causas lamentáveis, marcadas
sobretudo pela falta de abertura e generosidade, volta agora nessa deplorável
Administração Trump, que vai escavar nos
recessos a que estavam consignados os personagens da ultra-direita.
Dentro dos objetivos de tal vanguarda do atraso, o que já fora difícil
conseguir na Administração Clinton, volta ao visor ultra-direitista, que retoma a sua labuta na
promoção da retaguarda.
Há dois objetivos dessa vanguarda do atraso: (a) ir contra a Corte que penaliza os crimes de
guerra. Por razões abstrusas, que somente posturas fascistóides podem defender,
entram na linha de fogo desta Administração e de personagens que permaneciam escanteados
e, por fundadas razões, como Mr Bolton, o Governo Trump quer agora que os
Estados Unidos se dissocie por inteiro do propósito de trazer o direito penal
internacional aos crimes de guerra e a outros gritantes desrespeitos ao direito
das gentes.
Mas essa direita quer mais, pois (b) desagrada-lhe a concessão de
autorização para que funcione em Washington um Escritório de Representação da Organização da Liberação da
Palestina!
Pensam possível promover a regressão política no Direito Internacional,
pois têm horror à capacidade de considerar como sujeitos do direito tudo o que
possa contribuir para que o direito penal internacional volte a surgir no
horizonte, com a criminalização de todos aqueles que descumpram as normas que
visem a salvaguardar o Direito internacional, tanto público quanto privado.
Não é de estranhar, portanto, que tais entidades e seus obscuros
representantes a que a Administração Trump agora busca favorecer, muita vez se
achem entre aqueles que, por fundadas razões,
outras administrações anteriores do Governo estadunidense consignaram em
boa hora ao vale do oblívio...
(
Fonte: The New York Times )
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