É digno de espanto que
um governante de tal medíocridade se mantenha no poder. Essa permanência de
Nicolás Maduro e de seu regime, em condições tão negativas, fica um pouco menos
difícil de entender dada a eliminação da oposição como força governamental para
todos os fins práticos. Também ajuda o ditador o seu controle total de todos os
ramos governamentais.
Por sua vez, os 'altos mandos' do exército são providos dos meios necessários para
que não lhes falte recursos - como ocorre com o restante do Povo, seja rico ou
pobre - para que a situação lastimável em que vive a grande maioria da gente
venezuelana não vá empurrá-los para o dissenso e a criação de condições de
reversão no mando do país.
Agora, a imprensa fala de medidas tópicas - a incapacidade de
Maduro o impede de que tome providências abrangentes, com o condão de reverter essa
situação deplorável - como o reajuste do preço da gasolina vendida em 41
municípios fronteiriços com a Colômbia - e dessarte dar-lhe meios de combater o
contrabando desse combustível.
A Petróleos de Venezuela
(PDVSA) vem tendo um enorme prejuízo (cerca de US$ 18 milhões), que provém
tanto da revenda ilegal do combustível, quanto da política de subsídios, que
"barateia" às custas da estatal (o prejuízo estaria entre dezoito
milhões de dólares) a distribuição da gasolina.
Por outro lado, Maduro conta
controlar a hiperinflação, através de disposições administrativas (para o FMI a
hiperinflação pode chegar a 1.000.000% no curso deste ano)...
A par disso, o ditador conta
fazer uma espécie de derrama, em
termos de tributos mais altos para 140 mil empresas e pessoas jurídicas
"que têm riqueza acima da média".
Não é possível,como se
afigura óbvio, especular sobre os efeitos dessa suposta política
anti-inflacionária de Maduro. O passado, seja recente, seja não tanto, nos
ensina que as suas medidas em geral tendem a terminar na lata de lixo, não da
história, mas da mísera economia venezuelana, sob a ditadura de Nicolás Maduro.
(
Fonte: O Estado de S. Paulo, )
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