Um ambiente
reminiscente do submundo de capa e espada terá ressurgido com a inopinada
visita do arcebispo Carlo Maria Viganò ao apartamento de repórter conservador
na Santa Sé. Vinha incongruamente com um boné de beisebol e estória supostamente
explosiva a relatar.
Viganó, um monsenhor na Secretaria
de Estado ao tempo do Cardeal Agostino Casaroli, e que mais tarde atuara na
Nunciatura da Santa Sé nos Estados Unidos, recorria a um jornalista acreditado
para transmitir mensagem que pensava tivesse caráter explosivo.
Dessarte, passou
a manhã com o repórter Marco Tossatti para redigir uma carta de sete mil
palavras, cuja narração teria sido 'aliviada' pelo jornalista. Ao chegar ao
extremo de pedir a renúncia de Papa Francisco, apesar de enfurecido, o
arcebispo não apresenta qualquer evidência incriminante, mas fornece suspeitas,
condenando as supostas redes homossexuais dentro da Igreja, que agiriam com poderes alegadamente
tentaculares para atacar vítimas inocentes.
Quando a carta-denúncia foi
concluída, Viganò desligaria o próprio celular, e manteria em segredo o
respectivo destino, pois estaria preocupado com as consequências de suas
'revelações', e por conseguinte temia pela respectiva segurança.
Segundo os próprios hábitos,
assim como a prática da Santa Sé, o Sumo Pontífice abstem-se de responder. De
qualquer forma, o Santo Padre já fizera sentir a sua avaliação quanto a essa
figura da Cúria romana, ao demiti-lo de suas funções.
(
Fonte: O Estado de S. Paulo )
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