segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Os Clãs e a Lava-Jato no Rio


                                         

                   A Lava-Jato poderá ser o grande divisor de águas dentro da podridão da política carioca.
         
            Assim, as prisões pela Lava-Jato atingem os seguintes capo-mafia. Começam pelo ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, que continua representado por Marco Antonio Cabral (MDB) um discretissimo herdeiro de Sergio Cabral, a quem não mais cola a sua imagem, embora se valha do nome e da parecença, para manter-se vivo politicamente falando, na sua qualidade de deputado. E não é que teve quase 120 mil votos em 2014, quando foi o novo deputado federal mais votado do Estado ?  Agride, no entanto, à inteligência que o filho terá votação significativa diante da ficha do pai?
         
              Por sua vez, a estreante Danielle Cunha (MDB) disputa uma vaga na Câmara, com a "missão de carregar o legado político", do pai Eduardo Cunha, preso há 22 meses.

                Já na família dos ex-governadores Anthony e Rosinha Garotinho (PRP) o novo candidato é o filho Wladimir (postula deputado federal), e pretende rachar votos com a irmã Clarissa, esta tentando a reeleição. Por sua vez, Garotinho tenta retornar ao Palácio Guanabara, embora tenha a candidatura impugnada (improbidade administrativa). Dado o desejo de Wladimir, Clarissa não tem ilusões em repetir os 335 mil votos que teve.
                Por sua vez, entre os Picciani houve uma baixa. Com o pai e irmão caçula, Felipe, o único que não é político, respondendo à Justiça, Rafael Picciani, deputado estadual, decidiu não concorrer. O nome forte em 2016 é Leonardo Picciani, deputado federal, e ex-ministro do Esporte de Michel Temer (MDB). Ao lançar sua candidatura à reeleição, Leonardo mencionou en passant os nomes do pai e do irmão Rafael, mandando-lhes  "uma saudação especial por tudo o que fizeram pelo Estado". Leonardo Picciani não acha que a Lava-Jato irá lhe tirar chances: "Estou disputando minha quinta eleição. O eleitor tem um histórico meu, independentemente do meu pai, irmão e outros companheiros do partido. Os principais partidos brasileiros tiveram quadros com problemas."
  
                  Para Cesar Maia - que pleiteia vaga no Senado pela terceira vez, enquanto o filho, Rodrigo Maia tentará a reeleição à presidência da Câmara -  a Lava-Jato pode afetar o número de votos dos filhos de investigados, mas não necessariamente irá sepultá-los politicamente.

                     Por sua vez, no caso de Bolsonaro, a grande exposição, com sua candidatura à Presidência, vem aumentando as chances dos filhos Flávio, um dos líderes nas pesquisas para o Senado, e Eduardo, deputado federal por São Paulo, buscando a reeleição."


( Fonte:  O Estado de S. Paulo )

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