A Lava-Jato poderá ser o grande
divisor de águas dentro da podridão da política carioca.
Assim, as prisões pela Lava-Jato atingem
os seguintes capo-mafia. Começam pelo
ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio
Cabral, que continua representado por Marco
Antonio Cabral (MDB) um discretissimo herdeiro de Sergio Cabral, a quem não
mais cola a sua imagem, embora se valha do nome e da parecença, para manter-se
vivo politicamente falando, na sua qualidade de deputado. E não é que teve quase
120 mil votos em 2014, quando foi o novo deputado federal mais votado do Estado
? Agride, no entanto, à inteligência que
o filho terá votação significativa diante da ficha do pai?
Por sua vez, a estreante Danielle Cunha (MDB) disputa uma vaga na
Câmara, com a "missão de carregar o legado político", do pai Eduardo Cunha, preso há 22 meses.
Já na família dos ex-governadores
Anthony e Rosinha Garotinho (PRP) o
novo candidato é o filho Wladimir (postula deputado federal), e pretende rachar
votos com a irmã Clarissa, esta
tentando a reeleição. Por sua vez, Garotinho tenta retornar ao Palácio
Guanabara, embora tenha a candidatura impugnada (improbidade administrativa).
Dado o desejo de Wladimir, Clarissa não tem ilusões em repetir os 335 mil votos
que teve.
Por sua vez, entre os Picciani
houve uma baixa. Com o pai e irmão caçula, Felipe, o único que não é político,
respondendo à Justiça, Rafael Picciani,
deputado estadual, decidiu não concorrer. O nome forte em 2016 é Leonardo
Picciani, deputado federal, e ex-ministro do Esporte de Michel Temer (MDB).
Ao lançar sua candidatura à reeleição, Leonardo mencionou en passant os nomes do pai e do irmão Rafael, mandando-lhes "uma saudação especial por tudo o que
fizeram pelo Estado". Leonardo Picciani não acha que a Lava-Jato irá lhe tirar chances:
"Estou disputando minha quinta eleição. O eleitor tem um histórico meu,
independentemente do meu pai, irmão e outros companheiros do partido. Os
principais partidos brasileiros tiveram quadros com problemas."
Para Cesar Maia - que pleiteia vaga no
Senado pela terceira vez, enquanto o
filho, Rodrigo Maia tentará a
reeleição à presidência da Câmara - a Lava-Jato pode afetar o número de votos
dos filhos de investigados, mas não necessariamente irá sepultá-los
politicamente.
Por sua vez, no caso de
Bolsonaro, a grande exposição, com sua candidatura à Presidência, vem
aumentando as chances dos filhos Flávio,
um dos líderes nas pesquisas para o Senado, e Eduardo, deputado federal por São Paulo, buscando a reeleição."
(
Fonte: O Estado de S. Paulo )
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