Que
este senhor do título, não por imposição de Clóvis Rossi, mas pela ordem das
coisas, hoje demore na Casa Branca, não
creio que seja motivo de dúvida.
O anonimato pode estar proibido
pela Constituição de Ulysses Guimarães, mas não creio que seja o caso presente.
Sou brasileiro, e portanto não
votei na minha candidata à Presidente, Hillary Clinton, que caíu vítima do
estranho ativismo do Diretor do FBI, James Comey, que resolveu, sabe-se lá
porque, mandar para o Congresso mais uma mensagem motivada pelo caso do
servidor privado do computador de Hillary, anunciando que o FBI iria examinar o
computador do ex-marido de Huma Abedin, secretária de Hillary. Insinuava assim
que poderia sair algo comprometedor para a ex-Secretária de Estado, e o fazia
justamente na hora e vez dos votantes antecipados. Não poderia ser mais óbvia
a insinuação sobre eventuais tramóias que o FBI poderia por fim pôr a lume
sobre Hillary...
Chi se ne frega, como dizem os nossos amigos italianos[1],
se nada havia de comprometedor no dito computador? Mas bastou para que
influenciasse os votantes antecipados, e que a vantagem de 6% que Hillary
levava sobre o concorrente fosse revertida por aquela informação incorreta, mas
tão vantajosa para o nosso Donald Trump,
a ponto de dar-lhe, no photochart, a
vantagem de 6%...
Ganhando Hillary, muitas coisas
não ocorreriam... Como por exemplo, um presidente investigado, em um caso que
cada vez mais se parece com o do antecessor Richard M. Nixon, e a par da
ameaça crescente do impeachment um chefe de governo que cria um tal clima na
Casa Branca a ponto de forçar alguém qualificado a recorrer ao anonimato e
logo no maior jornal americano...
Nada mais patético do que
verberar este senhor (ou senhora) por valer-se de um artigo anônimo para
alertar mais uma vez a Nação americana do perigo que este chefe de governo traz
para a Superpotência.
Que bom que a nossa Folha não
careça desse tipo de truque... Mas o próprio personagem Donald J. Trump, o
quadragésimo-quinto presidente estadunidense, nos mostra o que nem a
Constituição americana do século XVIII poderia prever. Acho, por isso, que
demonstra mais coragem quem fica no ring para melhor controlar a besta-fera, do
que sair correndo da raia...
( Fonte:
Folha de S. Paulo (A casa do terror é Branca)
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