A
Hungria acaba de receber censura do Parlamento Europeu pelas
características fascistóides do regime de direita instaurado por Viktor Orban,
com escasso respeito pelos direitos individuais.
Agora, o Conselho da Europa denuncia em relatório os maus tratos
sofridos pelos imigrantes quando são expulsos da Hungria para a Sérvia.
Membros do Comitê Europeu para a Prevenção da Tortura (CPT), com sede em Estrasburgo, viajaram em outubro de 2017 a duas zonas de trânsito da Hungria onde
os imigrantes se reuniam e conversavam com estrangeiros rejeitados pela Hungria
e reenviados - na verdade, expulsos - para a Sérvia.
Segundo os testemunhos e as provas colhidas, o Comitê concluíu que a
Hungria se esforçava em oferecer "condições materiais adequadas" em
seus centros de retenção, mesmo que as condições fossem demasiado carcerárias,
especialmente para as famílias com filhos. O documento aponta que não houve
alegações de maus tratos nos locais visitados.
Não obstante, durante as detenções e operações de reenvio ao outro lado
da fronteira na Sérvia, os imigrantes costumam ser maltratados. O sistema atual
para prevenir os abusos policiais é "muito ineficaz" e a Sérvia
tampouco é um país seguro para reenviá-los, diz o texto do CPT.
O governo húngaro acusou o relatório de contradizer os fatos e ter
natureza política.
De resto, na última reunião do Conselho Europeu, a falta de democracia
na Hungria e o viés anti-alienígena refletem na verdade o caráter fascistoide
do regime instaurado por Viktor Orbán.
Daí as censuras recebidas pelo regime húngaro, em que a xenofobia é uma
característica preocupante.
(
Fonte: O Estado de S. Paulo )
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