O Paraguai anunciou ontem o retorno imediato de
sua embaixada para Tel-Aviv, que tinha sido transferida para Jerusalém em maio, por ordem do então
presidente Horácio Cartes. A tal respeito, disse o chanceler Luis Castiglioni: "A
transferência foi unilateral, visceral e sem justificativa".
Em seguida, o ministro disse esperar
que os amigos de Israel não fiquem irritados. Sem embargo, logo depois Israel
informou que fechará sua missão no Paraguai, que foi o terceiro país a mudar a
representação diplomática para Jerusalém, após Estados Unidos e Guatemala.
Nesse sentido, "o Primeiro
Ministro Netanyahu instruiu o Ministério das Relações Exteriores a fechar a
embaixada israelense no Paraguai". A Chancelaria israelense acrescentou
que Israel vê com gravidade a decisão
excepcional do Paraguai que perturbará
as relações entre os dois países.
Após o anúncio israelense, a
Autoridade Palestina decidiu abrir "imediatamente" uma embaixada no
Paraguai, informou o ministro das Relações Exteriores palestino, Ryad
al-Maliki, citado pela agência oficial Wafa.
"Sob as instruções de
Mahmoud Abbas, o Estado da Palestina decidiu abrir imediatamente uma embaixada
na capital do Paraguai, Assunção, como sinal de agradecimento pela corajosa
posição do governo paraguaio", disse Maliki.
A Organização de Libertação da
Palestina saudou a decisão paraguaia e disse que o gesto mostra que Assunção
decidiu voltar à tradicional posição latino-americana de respeito ao Direito
internacional.
(
Fonte: O Estado de S. Paulo )
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