quinta-feira, 13 de setembro de 2018

Corregedoria investiga promotores


                   

         Conselho Nacional do MP instaurou ontem reclamação  disciplinar contra três  promotores do Ministério Público de SP (Wilson Coelho, Marcelo Mendroni, e Ricardo Manoel Castro), após ações propostas  contra os candidatos à Presidência Geraldo Alckmin (PSDB), e Fernando Haddad  (PT), e operações que tiveram como alvo o candidato ao Senado Beto Richa (PSDB).
         Os procuradores da Operação Lava-Jato em Curitiba reagiram, afirmando em nota que repudiam "qualquer indevida tentativa de constranger o Ministério Público" e que "nenhuma mordaça pode ser imposta por órgão administrativo".
         A decisão do Corregedor é sigilosa e foi tomada após memorandum do conselheiro Luiz Fernando Bandeira de Mello, integrante do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), que anteontem pediu à Corregedoria Nacional que apurasse a "regularidade de instrução de feitos que possam ter impacto  nas eleições de 2018".

         Procedimento. A reclamação disciplinar é um procedimento investigatório preliminar a Corregedoria, é um primeiro passo na fase de investigação. Caberá a Orlando Rochadel Moreira, o Corregedor Nacional do Ministério Público, a análise dos fatos para verificar se há fundamentos necessários que justifiquem levar o caso ao plenário para uma possível instauração de processo administrativo contra os promotores.
           Ao Estado, Bandeira de Mello disse ontem que o corregedor  nacional acolheu na íntegra o requerimento. O conselheiro afirmou que, no pedido, fez questão de não entrar no mérito de nenhuma das ações e que interessa apenas que se verifiquem o cronograma e os atos preparatórios das investigações. "Os fatos que teriam sido praticados - teriam sido praticados  há quatro, cinco, seis anos. Todos culminam na mesma semana? Algo está estranho. Pode ser que, por uma casualidade, pode ter ocorrido essa coincidência. Mas se o Conselho não fizer uma mínima apuração, pode dar fundamento a insinuações maldosas", disse o Conselheiro.


( Fonte: O Estado de S. Paulo )

Nenhum comentário: