Conselho Nacional do MP
instaurou ontem reclamação disciplinar
contra três promotores do Ministério
Público de SP (Wilson Coelho, Marcelo Mendroni, e Ricardo Manoel Castro), após
ações propostas contra os candidatos à
Presidência Geraldo Alckmin (PSDB), e Fernando Haddad (PT), e operações que tiveram como alvo o
candidato ao Senado Beto Richa (PSDB).
Os
procuradores da Operação Lava-Jato em Curitiba reagiram, afirmando em nota que
repudiam "qualquer indevida tentativa de constranger o Ministério
Público" e que "nenhuma mordaça pode ser imposta por órgão
administrativo".
A decisão do
Corregedor é sigilosa e foi tomada após memorandum do conselheiro Luiz
Fernando Bandeira de Mello, integrante do Conselho Nacional do Ministério
Público (CNMP), que anteontem pediu à Corregedoria Nacional que apurasse a
"regularidade de instrução de feitos que possam ter impacto nas eleições de 2018".
Procedimento. A
reclamação disciplinar é um procedimento investigatório preliminar a
Corregedoria, é um primeiro passo na fase de investigação. Caberá a Orlando Rochadel Moreira, o Corregedor Nacional do Ministério Público, a análise dos fatos para verificar se há fundamentos necessários que justifiquem levar o caso ao plenário para uma possível instauração de processo
administrativo contra os promotores.
Ao Estado, Bandeira de Mello disse
ontem que o corregedor nacional acolheu
na íntegra o requerimento. O conselheiro afirmou que, no pedido, fez questão de
não entrar no mérito de nenhuma das ações e que interessa apenas que se
verifiquem o cronograma e os atos preparatórios das investigações. "Os fatos
que teriam sido praticados - teriam sido praticados há quatro, cinco, seis anos. Todos culminam
na mesma semana? Algo está estranho. Pode ser que, por uma casualidade, pode
ter ocorrido essa coincidência. Mas se o Conselho não fizer uma mínima
apuração, pode dar fundamento a insinuações maldosas", disse o Conselheiro.
( Fonte: O Estado de S. Paulo )
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