Nunca
a cerimônia do funeral de um herói nacional trouxe consigo a mensagem - que
vai muito além do caráter cerimonial de um enterro - da importância da dignidade
da personalidade humana, no contexto tanto existencial, quanto político.
Por isso, o enterro de John
McCain - que marcara a própria existência pela respectiva valorização não por
vontade de projetar-se, mas pela exação do respectivo dever, seja ao enfrentar um cativeiro que a muitos
desmoraliza, e que a ele fê-lo crescer no respeito de seus concidadãos, seja ao
trazer a perene mensagem que ele leva para a sepultura, na defesa dos valores
do próprio país, seja por tudo o que somou de lisura e de empunhar o pavilhão
da honestidade pessoal e da valorização do ideal americano, e do consequente
respeito a todos os cidadãos americanos.
Dignidade e lisura são qualidades que tendem a crescer com o tempo, pois
no seu caráter reflexo elas avultam em atitudes de respeito aos concidadãos.
Por isso, o enterro do Senador John McCain - e será difícil imaginar
alguém com mais títulos para ser homenageado sob a majestade do Poder do Povo,
refletida pela magnífica rotunda do Congresso americano - foi uma cerimônia que
marca época pela própria realização.
Os Estados Unidos da América, por essa cerimônia, a um tempo majestosa,
mas também vestida da simplicidade austera que sói ser o traje marmóreo dos
grandes momentos da nacionalidade, homenageia um herói americano e um grande cidadão, que pelos seus atos e pela
sua coragem, constitui um apanágio perene, que a Nação lhe deve, com ênfase tão
raramente observada.
( Fontes: O Estado de S. Paulo; O Globo )
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