Talvez o Reino Unido e
a Inglaterra, em particular, possa livrar-se em breve das confusões e dos erros
de Theresa May e dos conservadores. Nesse contexto, há especulações no meio
político de que se a solução Brexit não
funcionar ou tropeçar, a solução para o problema da indecisão britânica possa
ser resolvido com a entrada em cena do líder trabalhista Jeremy Corbyn.
Este novo cenário do Brexit - ou
melhor de seu malogro - solucionaria o problema que os conservadores criaram,
através da anulação da saída do Reino Unido da União Europeia. Tal, como dito
acima, pressuporia a intervenção do líder trabalhista Jeremy Corbyn.
Sem embargo, como se aponta, esperar
que Corbyn pegue a espada e corte o emaranhado do intricado problema da saída
da Inglaterra da U.E. pressupõe que esse
líder se disponha a entrar em cena, coisa que timbra em não fazer por dois anos
a fio!
No meio político britânico, cresceria
o consenso de que a solução pelo Brexit não se ultimaria, e que com o seu
fracasso, tudo voltaria à mesma, com a eventual derrota dos partidários do dito
Brexit. Será acaso demasiado otimismo colocar suas fichas em alguém que poderia
ser considerado - em termos de saída da União Europeia - como o grande mudo nas
lutas políticas que, em plagas inglesas, terçam armas para estabelecer prazos
para o Brexit, e não para estipular a data de seu término ?
Apesar de o líder trabalhista ser
havido como sem entusiasmo para o Brexit,
semelha excessivo que se atribua a esse taciturno personagem o que seria o
golpe de misericórdia nesse sacré
brexit, que nascido em votação pouco conclusiva no verão retrasado, ainda
continua a motivar desencontros no Reino Unido, em uma situação de que são os
principais responsáveis David Cameron - que literalmente
jogou fora a posição de Primeiro Ministro, ao pensar factível colocar o próprio
cargo em risco, em desenterrando mais um referendo sobre a permanência na U.E.,
ao estupidamente julgar "seguro" apostar no malogro da consulta
pró-saída de Bruxelas, e Theresa May, que embarcou na chalupa
do Brexit, ignorando as causas
históricas da adesão de Londres à União Europeia. Ainda no terreiro dos tories, temos os oportunistas gêmeos
Johnson, com realce para Boris, o arqui-rival de Theresa May. Ambos, na
verdade, por razões de oportunidade política se apegam ao Brexit. A pressão, no entanto, sobre Jeremy Corbyn, e o favor do momento - inclusive a grande maioria de
trabalhistas favoráveis à permanência na U.E. - tendem a apontar para o
cauteloso lider Corbyn que quem deve ditar a permanência em Bruxelas é o interesse
nacional inglês, e não o jogo de poder entre May e os irmãos Johnson.
(
Fonte: The Independent )
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