5º Aniversário da Morte de Hariri
A 14 de fevereiro de 2005, forte explosão no centro de Beirute vitimou o então Primeiro Ministro Rafik Hariri. Apesar do clamor internacional e da criação de tribunal especial das Nações Unidas, não se logrou até hoje chegar ao mandante do crime, posto que existam suspeitas de envolvimento da Síria, e do próprio Presidente Bashar al-Assad.
Em função dessa probabilidade, a Síria acabou retirando as suas tropas de ocupação do Libano. Não vale dizer que terminaram os problemas naquele país, mas a saída da Síria retirou a capitis diminutio que existia quanto à soberania libanesa.
O enfrentamento entre os cristãos e o Hezbollah – apoiado pelo Irã dos ayatollahs – ora caracteriza a vida política na nação multi-étnica que antes da guerra civil de dezesseis anos era considerada como a Suiça do Levante.
O presente Primeiro Ministro libanês é Saad Hariri, filho de Rafik Hariri. No ensejo, Saad resolveu visitar a Bashar al-Assad, o que causou estranheza. Não obstante, passados cinco anos do brutal assassínio, restam poucas esperanças de que sejam indiciados culpados. Nesse contexto, a visita de Hariri pode ser interpretada como um passo com vistas à distensão, no turvo cenário das relações medio-orientais.
A Crise Financeira Grega
O vagão da República Helênica entrara para a seleta composição que passou a ter o euro como sua moeda já com a boa vontade da autoridade comunitária, e em especial de alemães e franceses que dispõem de maior controle sobre o Banco Central europeu.
Com efeito, as autoridades comunitárias fingiram acreditar que o governo grego havia logrado cumprir com o requisito de manter o deficit orçamentário abaixo dos três por cento do PIB, regra mandatória para poder ingressar no paraíso do euro.
Se a Grécia integra o grupo problema dos chamados piigs (acrônimo para Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha), dentre esses países lhe cabe a distinção às avessas de ser o membro da U.E. com maiores dificuldades.
A Alemanha que sacrificou a sua prezada moeda, o Marco alemão (DM) no altar da missão europeia, hoje principia a ter muitas dúvidas sobre o acerto desta escolha. Eis que o Euro – que pretendia desbancar o dólar estadunidense como principal divisa – tem sofrido bastante em função da debilidade das contas de alguns de seus integrantes. Por outro lado, em meio a tantos países, o poder controlador da autoridade monetária comunitária está cerceado em relação à capacidade de um banco central clássico com respeito a uma moeda nacional.
Malgrado o peso da economia agregada comunitária, a força de sua moeda – o Euro – tende a ser negativamente afetada mais pelos seus membros mais fracos – os piigs – do que pelos mais pujantes.
Será em consequência desse perigo que os integrantes do Euro – com a Alemanha, de Angela Merkel e a França, de Nicolas Sarkozy à frente – cuidaram de costurar com a combalida economia helênica um acordo de emergência que dê ao governo socialista de George Papandreou prazo até o fim do ano para passar sob a forca caudina dos 3%.
Se Papandreou terá condições de implementar tal plano é outra estória. Pelo menos o presidente Trichet, da autoridade monetária da U.E., verá no futuro imediato menos ameaças à atual paridade do euro.
O que se poderia esperar de Dunga ?
A última convocação antes da Copa na verdade não teve surpresas. O treinador, fundado na sua conjuntural popularidade, não resistiu em voltar a ser o Dunga de sempre.
Dadas as suas intrínsecas características, o responsável pela seleção se sente mais à vontade com o conjunto de jogadores que costuma definir como o ‘seu grupo’. Como se assinalam tais selecionados: com uma ou duas exceções, pela falta de qualidades excepcionais – aquelas que, no passado, eram apanágio do jogador brasileiro da seleção.
Esta ausência de autênticos craques representa na verdade a mediocridade que foi o traço marcante de Dunga enquanto jogador. Por isso, a presença de eventuais craques na seleção em realidade constituem exceções que confirma a regra.
Na sua linha geral de reforçar o ‘grupo’, as últimas convocações não podem despertar estranheza. Até um jogador do Cruzeiro de características violentas – teve duas recentes expulsões em jogos da Libertadores – pode ser assimilado pelo ‘grupo’de Dunga. Também a pronta reabilitação de Robinho – bastou um gol de letra, malgrado o fracasso no futebol inglês – se explica, porque Dunga tem muita simpatia por esse jogador.
Já para Ronaldinho Gaúcho, com suas atuações espetaculares no futebol italiano, a barra estará sempre mais alta. Dunga gosta de jogadores aplicados, que cumpram as suas ordens, e que não sejam grandes craques.
Lembram-se da atitude de Parreira e de Zagalo com relação a Romário? Só o chamaram para a seleção de 1994 porque a classificação estava ameaçada. Barraram-lhe o caminho pelo pretexto de uma contusão. Depois, com o colapso de Ronaldo no dia do jogo final com a França, a seleção virou um time de zumbis na decisão com Zidane...
Espero, sinceramente, que daqui a uns meses não tenha de me recordar dessas observações. Será que o scratch do Brasil é assim tão bom que prescinda de craques em capacidade de desestabilizar um resultado ? E não no sentido do puxar de meias de Roberto Carlos, assistindo ao gol de Thierry Henri, que então sequer precisou usar as mãos para eliminar o Brasil nas quartas de final da Copa de 2006 ...
( Fonte: CNN, International Herald Tribune )
domingo, 14 de fevereiro de 2010
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