sábado, 20 de janeiro de 2018

Ameaça ao meio ambiente amazônico


          Ainda na visita de ontem (19 de janeiro) a Puerto Maldonado, no  sudeste do Peru,  Papa Francisco se reportou à questão ambiental.
 
           "Florestas, rios e vales são utilizados até o último recurso e depois deixados inférteis e imprestáveis. As pessoas também são tratadas com esta lógica: são usadas até a exaustão e  depois abandonadas como imprestáveis",  declarou o Santo Padre.

            "Provavelmente, os povos amazônicos originais nunca estiveram tão ameaçados  em seus territórios quanto o são agora. Vemos as  profundas feridas que carregam a Amazônia e seus povos. Eu quis vir visitá-los e escutá-los para reafirmar uma opção sincera pela defesa da vida, defesa da terra e defesa das culturas." (*) meu o grifo.

             " Depois de chegar a Puerto Maldonado,  na  manhã  de  ontem, Francisco ouviu as reclamações das comunidades locais, preocupadas com a exploração dos recursos naturais".

              Hoje,  20 de janeiro, o Sumo Pontífice é aguardado na Cidade de Trujillo, aonde oficiará  missa campal.

              Como já foi referido por este blog,  está igualmente prevista mais uma visita de Papa Francisco à Amazônia, na verdade à  maior de todas, que é a  brasileira. A sua ida à nossa Amazônia visa a defender o povo da floresta, que motivará a viagem pontifícia.

              Creio da maior importância tal propósito desse grande Pontífice, diante da operação de devastação da Amazônia que está sendo tolerada pelo Governo Michel Temer, até o presente só acompanhada pelas rituais reclamações e exposições de áreas em que a floresta foi atacada pelas grandes empresas.

              A presença de Papa Francisco  na conferência dedicada aos  Povos da Floresta pode ser de grande, enorme mesmo, relevância para a campanha de preservação da hiléa amazônica.
       
               Com efeito, o governo Temer  se vem pautando pela grande, acintosa desenvoltura com que permite  a destruição de amplas áreas de floresta nativa. Por outro lado, não há campanhas de motivação da cidadania,  e a imprensa trata com marcada indiferença  esse ataque da velha coalizão de fazendeiros e grandes empresas, seja na mineração, seja na explotação da própria floresta,  de modo a trazer a chaga da estúpida e irreversível destruição desse enorme bem da Humanidade, que maravilhara cientistas pioneiros como o alemão Alexander, Barão von Humboldt (1769-1859).

               Além de não se promover a conscientização da relevância da ainda maior floresta do planeta e a sua participação natural quanto à oxigenação ambiental,  o Governo Temer, na ânsia de levantar fundos e de garantir apoios de madeireiros,   não dá particular importância à defesa do Meio Ambiente. Na matéria, predomina o silêncio - o mesmo que precedeu a devastação no Pará,  onde hoje a floresta já era em grande parte de sua área. 

                 A imprensa e a cidadania não podem lavar as mãos  quanto à destruição ambiental realizada  pela cega cobiça dos grandes proprietários de terra, dos madeireiros e toda a maldita aliança que,  por deslavada e criminosa ganância,  procura avançar na destruição da enorme - e por ora - indefesa floresta.  O Povo brasileiro tampouco pode permitir que se prossiga na senda desse crime contra a Humanidade - e a gente amazônida em especial - que seria, além de grave, irreparável delito,  mais um estúpido crime, como os anteriores que arrasaram outros povos e países, no altar da cobiça de um capitalismo sem peias. 

( Fontes: Der Neue Brockhaus, O Estado de S. Paulo )

            

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