domingo, 8 de outubro de 2017

Rendições em massa do Isis

                             
                               
           Há fortes indicações de que o Estado Islâmico, depois da derrota de Mosul, começa a apresentar óbvios sinais de desmantelamento.
           Para tanto tem contribuído o bombardeio incessante pela força aérea americana, assim como o avanço do exército iraquiano.
           A falta de moral das forças do Isis se reflete nas rendições em massa da sua infantaria. Se antes o suicídio era o caminho encontrado pelas forças islâmicas, a falta de moral e a sensação da derrota inelutável ora caracteriza a atitude  dos militantes do E.I., que depois da queda de Hawija se tem assinalado pela rendição espontânea de grandes contingentes de soldados da antes temível infantaria.
             Outras rendições como a de Tal Afar se seguiram à queda de Mosul, que marcou o ponto inicial  de o que semelha ser a derrocada terminal do antes orgulhoso Daesh.
              É também interessante que os no passado corajosos militantes islâmicos, hoje tenham começado a render-se em massa ao Pesh merga, i.e., a milícia curda do Iraque do norte. Perguntados pela razão da preferência, um dos soldados do E.I. foi franco: 'porque os curdos não matam os prisioneiros, ao contrário  dos iraquianos'.
                Há ainda alguns pontos do território islâmico que resistem. No entanto, os ventos da derrota parecem corroer o que restara de determinação para a luta do antes temível 'califado'.
                Aqueles que diziam ter como alternativa resistir ou morrer, passaram a render-se em massa, como bando assustado e sem moral, a ponto de surpreenderem os oficiais curdos.
               Nessas condições, a retomada de Raqqa não deveria tardar, assim como o desaparecimento territorial no Oriente Médio do antes insolente E.I.
                  Ficarão marcadas como sinais da brutal crueldade do ISIS as públicas cerimônias de decapitação de pobres indivíduos, entre eles ocidentais, inclusive americanos de que a hierarquia islâmica se servia à guisa de espetáculo. Seria como os choques de culturas e civilização houvessem voltado. Para o Estado Islâmico, que na sua hübris dispunha até de fontes autônomas de petróleo, além de vários centros citadinos, e ruínas milenares que a UNESCO pensara haver preservado - como a 'capital' Raqqa e outras aglomerações urbanas arrancadas da Síria e do Iraque, para a suposta maior glória do califado.
                   E dentro dessa súbita irrupção de um poder fora do tempo, o califado de Abu Baqr tratava de 'organizar' os tais truculentos e sanguinolentos espetáculos de barbárie coletiva, em que pensava humilhar os poderosos do Ocidente.  
                    Só o futuro dirá se como na lenda da mula sem cabeça, uma vez presos ou abatidos os seus líderes, alguns deles logrem escapar ou se façam representar por fanáticos, tornando a espalhar em  grandes cidades do Ocidente eventuais ataques como se tem verificado em grandes centros europeus, como se fosse a longa e criminosa mão do  Daesh (E.I.)


( Fontes: The New York Times; Arnold Toynbee )

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