Não
conheço pessoalmente o Dr Joaquim Levy, que em fins desta passada semana
entregou sua carta de demissão da chefia do Banco Nacional do Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES). Como tampouco não é de estranhar, o Dr. Levy - que
estava a menos de 6 meses de haver
assumido a chefia do BNDES, mostra a sobranceira atitude do verdadeiro commis d'État, que é, pois o faz, pelo
respeito que tem à própria motivação. Com efeito, abandona a honrosa comissão, ao
saber estar com a "cabeça a prêmio", por haver ousado nomear para o
BNDES diretor que tinha trabalhado em governo do Partido dos Trabalhadores.
Em verdade, ele tinha servido na
administração de Dilma Rousseff, do qual se afastara mais tarde, por razões de
princípio. Joaquim Levy servira também no Banco Mundial e tem na sua con-dição de
servidor do Estado, o que é, na realidade, pois - e camoniamente digo - em
continuando a sê-lo, não servia a ele, mas sim a ela - no caso presente, à
graça de bem trabalhar pelo Brasil -, que unicamente e ao cabo dos próprios
serviços, só por prêmio pretendia.
E assim, com meus renovados
agradecimentos ao mestre, ele mais servira, se não fora para tão longa devoção,
tão cruelmente curta a existência.
(
Fonte: Luiz de Camões )
Um comentário:
Levy sempre demonstrou ser (ao menos para um observador externo) um servidor público dedicado e eficaz, implementando políticas e não política. Fez o certo ao se deligar desta “bomolocarquia”. Abraços
Mauro
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