Como se sabe, depois de
longa espera, os democratas voltaram a ter maioria na Câmara de Representantes
(no Senado, ainda prevalecem os republicanos). Em 2020, eleição presidencial,
se decidirá que Donald Trump logrará ou não superar toda a merecida publicidade
negativa que recebeu ao longo de seu primeiro mandato, notadamente diante do
relatório negativo do Conselheiro Mueller, que apesar de suas diversas e sérias
acusações não conduziu ao impeachment do 45º presidente estadunidense.
A vitória democrata de 2018 na Câmara
de Representantes acendeu uma lâmpada de aviso para o GOP, que para o próximo ano conta apresentar-se de forma mais
competitiva para a Câmara Baixa, com ênfase na representação de mulheres, passando
a escolher candidatas com alta escolaridade, para melhor refletir o desafio dos
subúrbios (que nos USA são bairros com pessoas de alta renda), que não teria
sido corretamente equacionado no passado pleito.
Na eleição passada, após a vitória
dos democratas, surgiu uma espécie de levante contra Nancy Pelosi, como
Speaker. O movimento foi conduzido por
uma franja, ainda que significativa de representantes da bancada democrata, e era motivado pela
suposta inadequação etária da Pelosi. Felizmente, Nancy Pelosi cresceu diante
do repto, e acabou vencendo aquela 'sublevação', cujas origens não foram bem
determinadas. Em 2020, os democratas, como é óbvio, carecem da grande
experiência como Madam Speaker da
Pelosi, e embora seja uma luta difícil, os prognósticos por enquanto favorecem
o partido de Roosevelt e Kennedy.
No entanto, no embate contra Donald
Trump, cresce a coluna feminina para contrapor-se ao atual presidente e seu desastroso
legado. Se não é mais tempo de chorar sobre o leite derramado por ocasião das
grandes e pequenas traições que abateram a candidata Hillary Clinton (a
despeito do prolongado escândalo da sua vitória na contagem do voto popular - que a
faria presidente em qualquer outro país democrático), a votação indireta, muito
válida no século XVIII, constitui hoje um anacronismo e o que é muito pior, um
fautor de injustiças a granel e de tristes afastamentos dos melhores
candidatos, sufragados na votação numérica, e que perdem no arcaico
remanescente da votação indireta, que é por certo a usina fabricante de incríveis
presidentes como W. Bush, o da guerra do Vietnam (que apressou o retrocesso
americano, com os trilhões de dólares gastos pelo Erário estadunidense), e a fantomática busca das WMD (armas de destruição em massa) do infeliz Saddan Hussein ...
(a continuar...)
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