domingo, 16 de junho de 2019

Panorama eleitoral de 2020


                         

       Como se sabe, depois de longa espera, os democratas voltaram a ter maioria na Câmara de Representantes (no Senado, ainda prevalecem os republicanos). Em 2020, eleição presidencial, se decidirá que Donald Trump logrará ou não superar toda a merecida publicidade negativa que recebeu ao longo de seu primeiro mandato, notadamente diante do relatório negativo do Conselheiro Mueller, que apesar de suas diversas e sérias acusações não conduziu ao impeachment do 45º presidente estadunidense.
          A vitória democrata de 2018 na Câmara de Representantes acendeu uma lâmpada de aviso para o GOP, que para o próximo ano conta apresentar-se de forma mais competitiva para a Câmara Baixa, com ênfase na representação de mulheres, passando a escolher candidatas com alta escolaridade, para melhor refletir o desafio dos subúrbios (que nos USA são bairros com pessoas de alta renda), que não teria sido corretamente equacionado no passado pleito.

           Na eleição passada, após a vitória dos democratas, surgiu uma espécie de levante contra Nancy Pelosi, como Speaker.  O movimento foi conduzido por uma franja, ainda que significativa de representantes da bancada democrata, e era motivado pela suposta inadequação etária da Pelosi. Felizmente, Nancy Pelosi cresceu diante do repto, e acabou vencendo aquela 'sublevação', cujas origens não foram bem determinadas. Em 2020, os democratas, como é óbvio, carecem da grande experiência como Madam Speaker da Pelosi, e embora seja uma luta difícil, os prognósticos por enquanto favorecem o partido de Roosevelt e Kennedy.
            No entanto, no embate contra Donald Trump, cresce a coluna feminina para contrapor-se ao atual presidente e seu desastroso legado. Se não é mais tempo de chorar sobre o leite derramado por ocasião das grandes e pequenas traições que abateram a candidata Hillary Clinton (a despeito do prolongado escândalo da sua vitória na contagem do voto popular - que a faria presidente em qualquer outro país democrático), a votação indireta, muito válida no século XVIII, constitui hoje um anacronismo e o que é muito pior, um fautor de injustiças a granel e de tristes afastamentos dos melhores candidatos, sufragados na votação numérica, e que perdem no arcaico remanescente da votação indireta, que é por certo a usina fabricante de incríveis presidentes como W. Bush, o da guerra do Vietnam (que apressou o retrocesso americano, com os trilhões de dólares gastos pelo Erário estadunidense), e a fantomática busca das WMD (armas de destruição em massa) do infeliz Saddan Hussein ...

(a continuar...)

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