terça-feira, 25 de junho de 2019

Avança a dolarização na Venezuela


                 
        Quando a hiperinflação atingiu seis dígitos, o bolívar teve ainda mais acentuado o seu empurrão para a irrelevância.
           Como as autoridades ditas competentes nada fazem para resolver  o triste e ignóbil desafio da hiperinflação, torna-se cada vez mais difícil lidar diuturnamente com esse estranho repto Esse fenômeno não se restringe decerto à Venezuela. Contudo, nos países que sofreram tal fenômeno - e o exemplo que vem à memória é o da Alemanha derrotada na guerra de  1914-1918 - o que é incomum constitui a passividade oriental com que a pátria de Bolívar deixa de reagir a esse desafio. O exemplo clássico do combate a esse desregramento financeiro está na Alemanha, que no imediato pós-guerra - e nas penosas condições da sofrida derrota -, o Reich germânico arrosta o desafio, e logra sanear a economia com o novo Marco alemão.

            A inação do governo de Nicolás Maduro tem forçado a paulatina e crescente dolarização da economia venezuelana.  Diante da desmoralização econômica, a hiperinflação e o seu incômodo espelho - que são os bilhetes de bolívares usados com fins decorativos e tal nas diferentes classes sociais  - tem aberto as cancelas para o uso da moeda venezuelana para essa progressiva utilização não-monetária.

             Com efeito, o desvalor das cédulas de bolívares espelhado na sua crescente inutilidade para os respectivos fins específicos, e a consequente utilização em plano decorativo, e ao alcance de qualquer extrato social, o que é a contrario sensu uma espécie de prova dos nove não só  da própria respectiva e final desmoralização, e para qualquer nível de renda, mas também da gritante necessidade de uma urgentíssima reforma monetária.
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( Fonte: O Estado de S. Paulo )

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