A Segunda Turma do
Supremo vai ocupar-se do julgamento do habeas corpus em que o ex-presidente
Lula da Silva pleiteia a liberdade, sob o argumento dos advogados encarregados
da defesa de Lula de que merece fé o texto do site The Intercept Brasil
no que tange à troca de mensagens nele atribuídas a Moro e aos procuradores da Lava
Jato, o que comprovaria a
"parcialidade" e a "motivação política" da Lava Jato, ao
condená-lo no caso do tríplex.
Já há dois votos contra o pedido de
liberdade de Lula, dados pelo ministro Edson Fachin, considerado
"linha dura", e pela Ministra Cármen Lúcia.
Três ministros faltam para se
posicionar. Os votos de Gilmar Mendes e
de Ricardo Lewandowski, pertencendo à ala da Corte mais crítica da Lava-Jato,
deverão votar contra Sérgio Moro.
A grande interrogação está com
Celso de Mello. Como assinala Rafael
Moraes Mouro, do Estado de S. Paulo, "em momentos de crise, é o decano
Celso de Mello que costuma ser o bombeiro do tribunal." Recentemente,
tornou-se o principal porta-voz do STF e da liberdade de expressão - ao defender
a atuação da Corte na criminalização da homofobia e ao condenar a censura à revista digital Crusoé e ao O
Antagonista.
No entanto, há um ponto relevante
a ser sublinhado neste próximo julgamento. Dentre os casos mais importantes
analisados pela Segunda Turma, o balanço mostra que Celso acompanhou o
entendimento de Fachin em 75% das vezes. Se tal se repetir outra vez, o intento
de liberar Lula com base na produção do site
The Intercept Brasil, tão bem manipulado pela banca de Lula, dará chabu uma
vez mais.
( Fonte: O Estado de S. Paulo
)
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