sexta-feira, 14 de junho de 2019

Reforma da Previdência: aportes do Relator


                
        A nova versão da reforma da Previdência apresentada a treze de junho corrente, garante uma economia de R$ 913,4 bilhões em dez anos, próxima da meta governamental de R$ 1 trilhão.  
         
           O Relator da Proposta, deputado Samuel Moreira (PSDB/SP teve de recorrer à alta de tributo para compensar as perdas com concessões feitas ao lobby dos servidores públicos (um dos mais poderosos do Congresso).
         Por outro lado, os bancos foram "escolhidos" para pagar a conta adicional. Nesse sentido, o relator incluíu a elevação de 15% para 20% da alíquota da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL)
         Entretanto, nesse ponto específico da reforma da previdência (contribuição dos Bancos) Vinicius Torre Freire ( Folha) assinala:"na PEC de Guedes-Bolsonaro, o BNDES perdia parte do dinheiro que recebe do PIS/PASEP (abrigado no FAT) uns R$ 6 bilhões por ano. Agora vai perder tudo (R$ 18 bilhões), pois o relator quer usar esse dinheiro na Previdência.  É mais de um terço da fonte de recursos do BNDES. O banco vai acabar ou virar tamborete ?"

                Além dessa última esquisitice (V. acima), Torres Freire manda para o vinagre (sic "Planos de Guedes caem da reforma") as idéias do Ministro da Economia de Bolsonaro:

(a) congelado, sem dia previsto de degelo, o projeto de Guedes  de criar um regime de capitalização:  trabalhadores que entrarão no mercado teriam de poupar para a Previdência em conta individual. A capitalização seria criada por lei complementar, pós-reforma, mas tal janela também foi fechada pela Câmara, na prática.:
  
 (b) além de reinventar a Previdência, a capitalização seria meio de acabar com a contribuição patronal para o sistema (cf. sugestão do Governo). Os trabalhadores que optassem por tal sistema, custariam menos para as empresas, com o que haveria mais empregos, cf. imaginava Guedes, segundo Torres Freire. Para Guedes, a capitalização seria criada por lei complementar, e assim mudar o padrão de poupança no país.   Não vai passar.; 

 (c) tirar do texto da Constituição o grosso das normas da Previdência, facilitaria futuras reformas (por exigir menos votos no Congresso)  Tampouco vai adiante

 (d) reforma do Regime Geral da Previdência Social (setor privado), não há muita diferença em relação à reforma Temer, em particular na contenção de despesas;

 (e) a reforma pode criar tantos problemas quanto soluções para os governadores, por causa das aposentadorias especiais (policiais, bombeiros, professores) Só haverá reforma estadual obrigatória se os governadores convencerem o Congresso a recolocar esses dispositivos na PEC, derrubados na comissão especial, atendendo a pedido majoritário na Câmara, que não quer fazer o trabalho pesado sozinha, enquanto os governadores posam de bonzinhos (sic) em especial os do Nordeste, quase todos de esquerda:

   ( f) na PEC de Guedes-Bolsonaro, o BNDES perdia parte do dinheiro que recebe do PIS/PASEP, uns seis bilhões por ano. Agora, como já assinalado, o BNDES perde tudo...


( Fontes: O Estado de S. Paulo. Folha de S. Paulo )

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