Os novos tempos
costumam ser difíceis para as líderes
veteranas, como é o caso de Ângela
Merkel (CDU). A crise decorrente das
eleições europeias, em que a votação foi
contrária a partidos tradicionais, como a própria CDU e a SPD (sociais democratas)
, sendo os resultados tão negativos a ponto de levarem Andrea Nahles, a líder da
social-democracia - que era a primeira mulher a exercer tal cargo nos
sociais-democratas - a renunciar não só à sua posição de líder, mas também à
cadeira de deputada.
Os sociais-democratas que já desejavam
abandonar a grande coalizão - aquela que une CDU e SPD - ficaram ainda mais
indispostos por terem sido batidos pelos
Verdes, que tiveram vinte por cento contra quinze por cento dos sociais-democratas (o fenômeno verde foi uma constante nessas
eleições européias).
Não obstante, a Merkel se esforça
em que o governo CDU-SPD continue, malgrado as baixas nos sociais-democratas.
O grande problema sócio-político na Alemanha do presente está no crescimento
dos neo-nazistas da Alternativa (
AfD) para a Alemanha. Esse partido já
vencera eleições em região antes dominada pelos aliados tradicionais da CDU - a
CSU, e promete fazer estragos ulteriores
nas próximas eleições gerais, eis que o eleitorado, sobretudo nos seus extratos
de menor instrução, tem reforçado a votação na AfD, o que representa uma senhora involução em um país que já teve líderes da categoria de Konrad Adenauer (CDU) e Willy Brandt (SPD).
(
Fonte: O Estado de S. Paulo )
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