Os
laços econômicos entre a Venezuela e a Rússia se estão desgastando. Bancos russos, exportadores de grãos e até
mesmo fabricantes de armas reduziram suas transações com a Venezuela.
"Os laços econômicos da Rússia com
a Venezuela desaceleraram muito nos
últimos anos", afirma Maximilian Hess, do Instituto de Pesquisa de
Política Externa, em Londres.
A
Rússia exportou apenas US$ 36 milhões em
mercadorias para a Venezuela nos primeiros quatro meses do ano, menos da
metade do valor enviado nos últimos três anos.
Por sua vez, as vendas russas de trigo para a Venezuela despencaram em
60% em compa-ração com 2018, e caíram para 187 mil toneladas. Esses valores cobrem
apenas um décimo da demanda anual de trigo da Venezuela.
Os maiores bancos de Moscou têm evitado as tentativas de Maduro de
transferir as contas do governo venezuelano para a Rússia para escapar de
sanções americanas.
Com efeito, o emprego generalizado do dólar estadunidense no sistema
financeiro russo significa que o risco de sanções dos EUA supera de muito os
ganhos potenciais auferidos em novos negócios com a Venezuela.
Nesse sentido, nenhum dos quinze principais bancos russos havia
concedido empréstimos significativos para entidades venezuelanas em abril, de
acordo com os seus registros regulatórios.
Comentário
do Blog.
Não se carece de bola de cristal nem agentes especiais para entender o
que está acontecendo com o intercâmbio russo-venezuelano. Gospodin Putin
impulsionou, com presenças importantes de equipamento militar, como aviões e
bombardeios, a exposição do atual poderio russo, no que representa substancial
esforço de parte da economia da Federação Russa, que já não mais dispõe do hinterland da antiga União Soviética,
que se volatizou, por assim dizer, em inícios da última década do século
passado.
Atualmente, a
principal matéria de exportação da Rússia é o petróleo, cuja cotação tem
baixado, o que contribui para fazer Moscou sentir o esforço adicional que a
ambição de Putin impõe às forças navais russas, em seu desempenho nos mares
Negro, Mediterrâneo e Atlântico Norte, em um esforço de afirmar a presença de
sua esquadra e dos respectivos submarinos, nos seus peculiares exercícios especiais
de suas forças navais nos mares do norte,com as forças da Superpotência.
Se é grande a
ambição do presidente russo de marcar presença e de tentar emular de alguma
forma as forças da OTAN - dentro de cenário de um país que deseja firmar posição
e consequente prestígio no seu entorno
de países estrangeiros próximos - Vladimir Putin se vê forçado a ter continuamente presentes as limitações da economia russa e de sua dependência do
petróleo.
Com o seu
"amigo" Donald Trump empenhado nos pródromos da campanha pela
reeleição, é pouco provável que dele possa obter qualquer flexibilidade se
tentar infringir as determinações estadunidenses no que tange ao bloqueio da
frágil economia venezuelana, assim como compreensão para ulteriores intentos de
estreitar laços econômicos com a falimentar situação daquele país
latino-americano.
( Fontes: O Estado de S. Paulo e demais publicações
sobre o assunto ).
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