Não sei se a viagem da
Alta-Comissária dos Direitos Humanos, das Nações Unidas, Michelle Bachelet terá algum resultado
prático. No entanto, essa vinda à capital venezuelana da antiga presidente do
Chile e atual encarregada dos Direitos Humanos já colheu algo, embora bastante
reduzido.
Com efeito, a vinda da Bachelet foi
suficiente para que o Governo Maduro mande liberar dezoito manifestantes, que
estavam trancafiados nas masmorras da ditadura chavista desde janeiro do
corrente ano. É um sinal que mostra a profundidade do empenho da suposta
democracia de Nicolás Maduro, no que
tange a essa questão - que, como se vê, muito se encaixa com o chão
oportunismo que confunde presos por manifestações como uma espécie de lastro
enquanto se refere à ficha governamental venezuelana, eis que são libertos em
um quase cínico brinde à responsável pelos direitos humanos das Nações Unidas.
Na sua visita à Venezuela, a
Bachelet pretende reunir-se com Nicolás
Maduro - que, como se vê, já limpou um pouco o próprio convés, Juan
Guaidó (que terá momento de retornar às luzes da ribalta, das quais
ultimamente se acha um tanto afastado), assim como com integrantes do chavismo
(Diosdado Cabello) e da oposição, e a grupos de direitos humanos.
(
Fonte: O Estado de S. Paulo )
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