O subsecretário de Relações
Exteriores do Uruguai, Ariel Bergamino, anunciou nesta
quinta-feira, 27 de junho, a retirada de seu país da 49ª Assembleia Geral da
OEA, que se realiza em Medellin, na Colômbia.
A atitude insólita de Bergamino se deve à rejeição da discussão sobre
o nível de participação do representante do líder opositor venezuelano, Juan Guaidó.
Essa atitude é tão mais estranhável
diante da atitude do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, que já anunciara a retirada do país da Organização,
em abril de 2019. Por sua vez, o Conselho Permanente da OEA aprovou resolução
para reconhecer Gustavo Tarre Briceño, nomeado por Guaidó, como representante
da Venezuela.
É sabida a situação de Juan Guaidó,
que é reconhecido como presidente da Venezuela por mais de cinquenta países,
inclusive o Brasil. Há, no entanto, na
OEA um grupo de países que se aferra a manter o reconhecimento a Maduro. No
Uruguai, assim como na Bolívia e a Nicarágua, tal se deve notadamente o viés de
esquerda do respectivo governo, embora também nesses dois últimos se deva ao
caráter autoritário do regi-me, havendo, inclusive, uma revolução que contesta
o caráter ditatorial do governo nicaraguense. Também o México e vários países
do Caribe mantêm o reconhecimento ao ditador Maduro.
Anteriormente, o chanceler de
Maduro, Jorge Arreaza, criticara o
foco da Assembleia sobre a Venezuela. E
Evo Morales, que é presidente da Bolívia, chegara a tentar afastar
a Venezuela de debate na Assembleia, que deveria se concentrar em outras questões, como a migração! O
próprio Arreaza criticou o foco da
Assembleia sobre os regimes autoritários: "Eles vão falar sobre a
Venezuela e, se tiverem tempo, sobre a Nicarágua, mas não sobre os problemas (sic) da região. Estão tentando retirar a
Venezuela das Nações Unidas."
Por fim, o governo
venezuelano anunciou a 27 do corrente a prisão de treze pessoas, incluindo um
general das Forças Armadas, por um fracassado plano de golpe militar.
( Fonte: O Globo )
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