quinta-feira, 13 de junho de 2019

Relatório da Nova Previdência


                        
        Já fechado o acordo de líderes partidários, o relatório do Deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), que será lido na comissão especial, exclui das mudanças na Previdência os servidores de estados e municípios, e o sistema de capitalização. Também ficam de fora alterações nos benefícios assistenciais  (BPC) e nas aposentadorias  rurais.
             O tempo mínimo de contribuição para mulheres será de quinze anos. O relator disse que ainda espera manter a economia de um trilhão em dez anos, mas analistas estimam que ela será de cerca R$ 800 bilhões.
               Para Miriam Leitão caíram a capitalização, a mudança no BPC, a inclusão dos estados e municípios, a desconstitucionalização e a alteração na aposentadoria rural. Foi alterada a regra de transição do servidor público e diminuída a idade da aposentadoria das professoras. A mudança do abono salarial  ficou pela metade. Isso reduz  a economia prevista  na reforma da Previdência, mas não acaba com ela. O mais importante é a idade mínima e ela permanecerá.Alguns dos ítens que foram barrados no relatório que será apresentado hoje  não tinham ganhos fiscais, em outros houve perda de fato.
                  Ainda segundo Miriam, "há boas e más notícias nessas mudanças, mas a melhor é que na comissão especial o projeto passou por processo de negociação. Isso ficou claro na entrevista de ontem do presidente Rodrigo Maia. e do relator Samuel Moreira.Líderes de catorze partidos disseram que apóiam a reforma, com aquelas exclusões."
                    O relator Moreira reclamou da falta de empenho do governo para defender o projeto que o próprio governo apresentara. Mas tudo andou melhor até o momento na dita comissão especial. Na CCJ houve mais grito que diálogo.

                      Já é lugar comum declarar que o governo Bolsonaro continua fraco e sem base. O projeto, no entanto, foi abraçado por outras forças políticas e é isso que eleva a probabilidade de êxito ao final.
                        Outro erro do governo apontado por Miriam Leitão, ao longo da tramitação nas duas comissões, que já tomou 113 dias, é a circunstância  de o Governo Bolsonaro não haver sequer tentado fazer aprovar o projeto do governo Michel Temer.  Hoje a reforma está mais parecida com a do governo passado, mas o relatório do deputado Arthur Maia já estava pronto para ir a plenário. O governo poderia ter aprovado aquele e sugerido outras mudanças depois. -


( Fonte: O Globo, incl. Miriam Leitão )

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