O New York Times de hoje,
domingo, 28 de julho, publica uma penosa verdade para a maioria dos brasileiros
que não desconhecem o que realmente significa para o mundo - e não há exagero
aqui - a Hiléia admirada através dos séculos por Humboldt e tantos outros cientistas
e exploradores, evidenciando apreço e valorização que só cresceram com a
conscientização da nossa floresta tropical equatorial, que é um verdadeiro
pulmão para a Terra e a Humanidade, nesses anos difíceis em que o bicho homem não se cansa de pôr abaixo grandes e portentosas florestas, como ocorreu
na Malásia, na Africa do Norte, e agora o governo populista de Jair Bolsonaro,
por razões que a razão desconhece se empenha em abater esse magnífico inferno verde, que até hoje se vem mal
ou bem mantendo em favor desse mundo, vasto Mundo.
Por isso, a Europa
(notadamente França e Alemanha) tem evidenciado a sua preocupação com as
estranhas ideias do atual governo de Jair Bolsonaro. Até o diretor do INPE - instituto nacional de pesquisas
espaciais - tem sido objeto de críticas do Palácio do Planalto (sede da
presidência da república), por realizar bem o respectivo trabalho, que é o da
eterna vigilância quanto aos sinais de ataque à essa Hiléia Amazônica (como a
chamou Humboldt, que já no século XVIII se maravilhara com a sua riqueza em
espécies vegetais).
Em um mundo antes ignaro do potencial das grandes florestas de
servirem contra a desertificação - e no estado do Pará a floresta amazônica é
uma sombra do passado, dados os avanços da cúpida estupidez de empresas
madeireiras, que apoiadas pela ignorância dos governantes de turno vão abatendo
as portentosas florestas, e abrindo os vastos espaços desmatados, que militante ignorância devastadora vai transformando em campos estéreis, a exemplo da Malásia, da
África do Norte e de outras vítimas da estranha glutoneria que desbasta a
própria riqueza florestal, enquanto lança as sólidas bases de miséria vegetal e
humana, que deparamos nesses espaços em que se troca a riqueza do presente com
a arenosa miséria de um futuro próximo.
O presidente Macron, da França, faz bem em enfatizar a relevância da floresta amazônica, que é um dos elos do Acordo de Paris. A eterna vigilância não é penhor apenas da democracia, mas
também importa que seja exercida pelos líderes de outros Povos, que, deparando
os desvios e os juízos de outrem, procuram agir em defesa da Hiléia Amazônica,
e para tanto usando os instrumentos do diálogo e da persuasão. É decerto minoritário o círculo de
brasileiros que vêem com indiferença o ataque a esse grande patrimônio, que não
é só nosso ( ainda que a nós compete defendê-lo contra os seus abatedores e
também contra eventuais dirigentes que porventura desconheçam o valor dessa
grande floresta, e que por motivos insondáveis acaso tentem voltar-se contra
ela).
Países europeus,
como a Alemanha e a França, entre outros, se vem empenhando em financiar o
Fundo Amazônico, voltado para a preservação desse Tesouro da Humanidade. Cabe a
nós brasileiros atuar com a persuasão, empenho, patriotismo e uma visão
generosa da Humanidade em geral, que
esse filtro gigante. que essa maravilha para tantos exploradores (no bom
sentido!) seja mantida e preservada, não seguindo o triste caminho da savana e
da desertificação.
(a continuar).
(
Fontes: Humboldt, Carlos Drummond de Andrade, H. Sternberg)
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