Cerca de um ano depois do assassinato da estudante brasileira Raynéia Gabrielle Lima -
baleada à noite, quando voltava da faculdade em que estudava em Manágua - sua
mãe, Maria José da Costa,
recebeu a notícia de que o assassino da
filha, o vigilante Pierson Gutierrez
Solis deve deixar a prisão.
Tal se deve à polêmica determinação
da ditadura de Daniel Ortega, a chamada Lei da Anistia, firmada em junho último,
e contestada pelos órgãos de direitos humanos.
Raynéya tinha 30 anos quando foi
abatida na noite de 23 de julho de 2018, no auge de uma onda de protestos contra a
ditadura Ortega, e uma forte repressão a opositores , que deixou 325 mortos,
muitos presos e cerca de 62 mil exilados.
Malgrado o vigilante Pierson Gutierrez haja sido condenado, ele deixa a prisão por
conta da polêmica Lei de Anistia, que é muito contestada pelos organismos de
direitos humanos.
Apesar de réu confesso, Maria José acredita que o vigilante seja
apenas um ¨bode expiatório", segundo um vídeo que circula nas redes
sociais de Manágua. Na gravação, a mãe de Rayneia apela para que a Justiça
brasileira "tome as rédeas do
caso" para descobrir a verdade.
Solís foi condenado em
dezembro a quinze anos de prisão, pelo homicídio de Rayneia. Passado um mês da
promulgação da Lei da Anistia, o advogado dele pediu que o processo seja
extinto e que ele seja solto, o que foi decidido no correr desta semana.
O regime Ortega continua
muito contestado. Essa virtual
impunidade a antigos seguranças de poderosos pode ser vista como tentativa de
reforço das bases da ditadura Ortega.
(
Fonte: O
Globo )
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