quinta-feira, 25 de julho de 2019

A Farra do Celulares


                                   

       Walter Delgatti Neto, um dos presos sob suspeita de invadir (e hackear) o celular de Sérgio Moro, atual ministro da Justiça,  e de outras autoridades da República, além de mais lições,  ministra a de que há óbvia imprudência na guarda dos segredos da República.

            Delgatti Netto declarou a investigadores que deu acesso às mensagens capturadas ilegalmente ao jornalista Glenn Greenwald, do site The Intercept. Afirmou, ainda,  que conhece o jornalista. Delgatti teve a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telemático autorizada pelo Juiz Wallisney Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília.  Desde nove de junho, o site tem divulgado conversas trocadas entre Moro e procuradores da Lava-Jato. A defesa do jornalista disse que "não comenta assuntos relacionados à identidade de suas fontes anônimas". Além de Delgatti, outro preso pela PF na terça, Gustavo Santos, confirmou à polícia que teve acesso  a mensagens de autoridades. Também estão presos Suellen Oliveira e Danilo Marques.
  
          Apreensões feitas pela PF nos endereços dos quatro suspeitos revelaram que mais de mil números de telefones foram hackeados. As vítimas incluem  integrantes da cúpula dos Três Poderes e jornalistas.
              O ministro Moro comentou o caso nas redes sociais. Sem citar nomes, ele afirmou que "pessoas com antecedentes criminais" são a "fonte de confiança daqueles que divulgaram supostas mensagens obtidas por crime".  

( Fonte: O Estado de S. Paulo )

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