Em
sua contínua busca pela notoriedade, Matteo Salvini seria um tipo farsesco e
desimportante, se a sua conduta não nos lembrasse a cada momento o quão
presente está na sua atitude - e agora, a
fortiori, dado o panache do poder e a sua liberdade para o mal, dadas as
características de seu gabinete pautadas por um governo que parece perdido em
meio a tanta maldade.
Agora, de seu cesto de más ações, os infelizes da vez são os ciganos,
esses eternos nômades e alvo demasiado tentador para esse senhor ferrabrás, que parte, a cada vez, em
busca de novos objetos para o seu entranhado ódio que não surpreende o quanto
ele se dirija para os tipos nas franjas da sociedade, quando não tenta
'defender' a pobre Itália da invasão dos perseguidos e infelizes, que os barcos
de refugiados, vindos dos infernos da Líbia e da pobreza da África, ainda
aportem na terra itálica, por vezes capitaneados por mulheres corajosas que, ao
contrário desse senhor, não investem contra os fracos e oprimidos, e ao invés
lhes estendem a mão, com determinação e coragem, essa última que amiúde os seus
inimigos não mostrariam se confrontados com situações similares.
( Fonte: O Estado de S. Paulo )
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