Trump, o ferrabrás, pensava que estava retaliando aos democratas
desfazendo o acordo que a habilidade de seu antecessor, Barack Obama, tecera
com o Irã, contribuindo para um início de normalização das relações de Teerã
com o Ocidente. Prova do acerto da iniciativa do presidente democrata foi a
adesão de outros países importantes do Ocidente à participação no esquema de
pacificação.
Donald Trump com o seu primarismo, pensou que voltar atrás ao statu quo anterior com o Irã não
desequilibraria em demasiado o quadro.
Estava errado, como ora estará verificando.
É
sempre útil entender e avaliar corretamente os problemas da diplomacia, aqueles
que ela pode resolver, e aqueles que, desencadeados por ignorantes militantes, ficam
muito mais intrincados de que seus eventuais causadores - como no caso Trump,
que sequer atinava com o problema que estava criando, ao desfazer, em ato de
política menor, em que mais visava ao antecessor e, por conseguinte, ao
Partido Democrata, do que aos "demônios" de Teerã, que Obama mostrara
que podiam ser trazidos ao campo do entendimento e, por conseguinte, da
diplomacia. porque o negacionismo não funciona nessa área.
Nesse contexto, se coloca o alerta do Presidente Jair Bolsonaro no que
tange ao sanções impostas pelos Estados Unidos ao Irã virem a ameaçar empresas brasileiras. Exemplo: desde junho, dois cargueiros
iranianos que estão na lista negra do Departa-mento do Tesouro americano esperam no Porto de Paranaguá uma
decisão judicial para abastecer e seguir viagem. Nesse contexto, a Petrobrás se
nega a vender combustível às embarcações, pois teme sofrer punições.
De acordo com a notícia do Estado de S. Paulo, em nota os exportadores
que contrataram os navios afirmam que não há alternativa à estatal no
fornecimento do combustível, embora a Petrobrás conteste, assegurando que há
outras fornecedoras no mercado. Além disso, segundo a empresa brasileira (cujo
nome não é divulgado em razão de o
processo correr em segredo de Justiça,) o transporte de alimentos está livre de
qualquer sanção. Além disso, "sem combustível as embarcações podem ficar à
deriva, com risco ambiental",
destaca a nota, alertando para os riscos graves à tripulação, ao navio,
à carga e à navegação.
( Fonte: O Estado de S. Paulo )
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