Definido como seu último grande discurso - se
nos ativermos à premissa de que haja feito grandes discursos, a conservadora Primeira Ministra Thereza May asseverou ontem, dezessete
de julho, que está "preocupada com
o estado da política". Nesse contexto, há de convir-se que ela tem muitos
motivos para esta preocupação, conquanto não poucas dessas razões se possam
atribuir ao seu legado em Downing Street, 10.
Dado o nível a temer-se de seus
sucessores, a May instou a classe política
a buscar uma decisão comum sobre
o processo de saída do Reino Unido da União Européia, o chamado "Brexit".
Assinale-se
que esse pedido foi feito dois dias depois que os candidatos à liderança do
Partido Conservador e ao cargo de Primeiro Ministro, Boris Johnson e Jeremy Hunt
não terem descartado a possibilidade de uma saída sem acordo com a U.E.
Nessa mesma linha de demagógica ignorância, ambos afirmaram que a
cláusula para se evitar uma fronteira na Irlanda do Norte, uma das exigências
de Bruxelas para aceitar uma saída negociada, está "morta".
Como
o quagmire é previsível pela visão
até hoje demonstrada por Johnson e Hunt, o único conselho cabível nesse predicament é que usem botas para
enfrentar o triste terreno que legam à juventude inglesa...
(
Fonte: O Estado de S. Paulo )
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