Não é muito democrática a postura de
alguns partidos de esquerda que ameaçam de expulsão àqueles deputados que votaram
a favor da reforma da Previdência na Câmara. É uma postura que pela rigidez é
própria dos partidos de esquerda como o PT, PCdoB, PSB e PDT.
Como assinala o Estado, partidos de centro passaram a
cobiçar parlamentares de legendas de oposição ameaçados de expulsão por votar a
favor da reforma da Previdência na Câmara. Os alvos do assédio foram batizados
pela base governista de "oposição ajuizada".
Uma das parlamentares que sofre
pressão é a carismática deputada Tabata
Amaral (PDT-SP), havida como
potencial candidata à Prefeitura de São Paulo. Nesse sentido, o ex-deputado e
ex-Ministro da Cultura Roberto Freire,
presidente nacional do Cidadania,
usou as redes sociais para divulgar um convite de ingresso a Tabata: "Se oportunidade houver,
vamos lutar, pois a deputada Tabata Amaral é uma grata revelação
política", disse Freire.
Como se sabe, o assédio ocorre
porque, consoante jurisprudência no TSE, o parlamentar eventualmente expulso
não perde seu mandato.
Já na lista de dissidentes do
PSB, o presidente da Comissão de Meio Ambiente na Câmara, Rodrigo Agostinho (SP),
confirma o assédio, mas disse que prefere não revelar as legendas por ter
esperança de se manter no atual partido.
Por causa de divergências,
deputados desta legenda (e de outras) dão como certo que haverá defecções no
PSB. Há o caso de os que foram contra a
investigação do presidente Michel Temer
(denunciado pelo procurador-geral Rodrigo Janot no escândalo da JBS). Na
ocasião, a maior parte dos deputados que votaram contra as denúncias contra
Temer, foi forçada a responder no conselho de ética e migraram para o DEM.
O jovem valor político que
constitui sem dúvida a deputada Tabata
Amaral do PDT (SP), e o seu inegável carisma, aconselham politicamente
muita cautela no tratamento de seu caso à direção do PDT. Contra realidades, e sobretudo, o carisma
político, as instituições partidárias sóem ser cuidadosas, para não deixar que
tais valores porventura escapem a partido que não semelha distinguir-se por
valores em excesso.
(Fonte:
O Estado de S. Paulo)
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