A imprensa de hoje está cada vez
mais exigente. Assim, como o demonstra a reportagem do New York Times, não é só o resultado de uma determinada ação que é
importante. Tampouco deixa de merecer atenção, assim, como a atuação dos serviços competentes ocorreu.
Essa preocupação quanto à
restauração da verdade completa aparentemente não tem nada que deponha contra
ela. O perfeicionismo quanto ao levantamento de o que realmente aconteceu pode
parecer ou um detalhe frívolo, ou não,
no que tange à totalidade do evento.
É óbvio que o comportamento dos
diversos atores responsáveis cresce de relevância diante da dimensão das ameaças,
ou eventuais alternativas de ação que se lhes deparam. Também aumenta a
relevância da oportunidade de seu tempo de participação, se levarmos em conta
o peso que terá uma intervenção em que os diversos atores agirem e atuarem com
uma participação conjunta e coordenada, em relação ao evento, com a derivada maior
ou menor presença e consequente capacidade de ação no que tange ao desafio enfrentado.
Sob o aspecto ético da
conformação dessa participação, cresce igualmente a relevância no tempismo da
intervenção.
Tomemos, v.g., a reportagem do New York Times quanto ao incêndio que
ameaçou seriamente a estrutura de um dos grandes monumentos da Humanidade.
Aconteceu algum atraso na
comunicação aos bombeiros. A posteriori,
não se sabe se houve confusão na interpretação dos dados do painel de controle,
ou um equívoco da segurança ao interpretar o alerta.
Neste primeiro momento, estava claro para
alguns bombeiros que adentravam a catedral em chamas, que o faziam sem saber
realmente se poderiam sair de Notre Dâme.
Por outro lado, até agora tampouco se conhece a causa do incêndio. As investigações apontam a
alternativa: um curto-circuito, ou pontas
de cigarro encontradas em andaimes na cobertura da Catedral. Já a complexidade
do sistema de proteção contra incêndios foi outro dos problemas que poderão ter
paradoxalmente retardado a ação de combate às chamas.
(
Fonte: O Estado de S. Paulo )
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