quinta-feira, 18 de julho de 2019

Risco de Notre Dame desabar foi maior


                        
           A imprensa de hoje está cada vez mais exigente. Assim, como o demonstra a reportagem do New York Times, não é só o resultado de uma determinada ação que é importante. Tampouco deixa de merecer atenção, assim, como a atuação dos serviços competentes ocorreu.

               Essa preocupação quanto à restauração da verdade completa aparentemente não tem nada que deponha contra ela. O perfeicionismo quanto ao levantamento de o que realmente aconteceu pode parecer ou um detalhe frívolo, ou  não, no que tange à totalidade do evento.  

              É óbvio que o comportamento dos diversos atores responsáveis cresce de relevância diante da dimensão das ameaças, ou eventuais alternativas de ação que se lhes deparam. Também aumenta a relevância da oportunidade de seu tempo de participação, se levarmos em conta o peso que terá uma intervenção em que os diversos atores agirem e atuarem com uma participação conjunta e coordenada, em relação ao evento, com a derivada maior ou menor presença e consequente capacidade de ação no que tange ao desafio enfrentado.

                 Sob o aspecto ético da conformação dessa participação, cresce igualmente a relevância no tempismo da intervenção. 
              Tomemos, v.g., a reportagem do New York Times quanto ao incêndio que ameaçou seriamente a estrutura de um dos grandes monumentos da Humanidade.
                      Aconteceu algum atraso na comunicação aos bombeiros. A posteriori, não se sabe se houve confusão na interpretação dos dados do painel de controle, ou um equívoco da segurança ao interpretar o alerta.
                      Neste primeiro momento, estava claro para alguns bombeiros que adentravam a catedral em chamas, que o faziam sem saber realmente se poderiam sair de Notre Dâme. Por outro lado, até agora tampouco se conhece a causa do  incêndio. As investigações apontam a alternativa: um curto-circuito, ou pontas de cigarro encontradas em andaimes na cobertura da Catedral. Já a complexidade do sistema de proteção contra incêndios foi outro dos problemas que poderão ter paradoxalmente retardado a ação de combate às chamas.   
                    
( Fonte: O Estado de S. Paulo )

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