Acompanho desde muito a
trajetória da colunista de O Globo. A
sua coragem a segue desde sempre, e ela continua a avançar no próprio caminho,
em que defende o singular privilégio de opinar sobre as várias situações, sem
buscar acomodar-se aos ventos da hora, que, se ela não faz acontecer, tampouco
silencia sobre a própria posição.
Essa relativa solidão a faz ser
mais ouvida, e por isso tende a tornar-se mais incômoda a respectiva presença
crítica. Essa reação contra as suas posturas não desdenha da ameaça da
violência, como se configurou na saraivada de impropérios durante a travessia
na Ponte Aérea Brasília-Rio, assim como, alguns anos depois, e evidenciando a
mesma coerência, mais uma estranha distinção - como são os ataques da situação,
em especial partindo daqueles na
aparência irresistíveis impulsos do poder nascente, que deve ter muito presente
o respeito à verdade, para que os raios de Júpiter continuem a cobrar a atenção
que lhes é devida.
( Fonte: O Globo;
Geraldo Vandré )
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