sábado, 13 de julho de 2019

Poluição nuclear submarina ?


                 
        O  Konsomolets, submarino nuclear soviético, que afundou no mar da Noruega em 1989, ainda emite radiação, ainda que em nível oitocentas mil vezes maior do que o normal, afirmaram ontem pesquisadores noruegueses.  Nesse contexto, consoante a Agência Norueguesa de Radiação e Segurança Nuclear, foram encontrados danos extensos no submarino Komsomolets, que se acha a 1.700 metros de profundidade no Mar de Barents, no Oceano Ártico.

               Os pesquisadores identificaram o nível de oitocentos becquerels por litro a 1.700 m de profundidade (o nível normal nessa profundidade na água salgada é de 0,001 becquerel por litro). Essa elevação foi registrada na área de um duto de ventilação do submarino.
                  Consoante Hilde Elise Heldal, do Instituto Norueguês de Pesquisa Marinha, mesmo elevados os níveis de radiação não causam grandes alterações na água, além do fato de o submarino encontrar-se em profundidade onde não há muita vida.
                     "O que achamos tem pouco impacto nos peixes. Como os destroços estão localizados a uma grande profundidade, a poluição do Komsomolets é rapidamente diluída", disse Heldal.

                      Duas ogivas nucleares, além de um reator atômico, permanecem no interior do submarino, de 122 m de cumprimento.  Autoridades russas e norueguesas examinam anualmente os destroços desde os anos noventa, para monitorar os níveis de radiação e os riscos de poluição.

                        Inaugurado em 1983, o Komsomolets era o submarino com maior alcance de profundidade na época, segundo a CIA. A embarcação tinha a capacidade de lançar tanto armas nucleares, quanto tradicionais.
                          Esse submarino apresentou problemas no reator quando se achava a 355 metros de profundidade, durante um cruzeiro  que já durava há 39 dias.  Nesse acidente, ocorrido a sete de abril de 1989, 42 pessoas morreram.


( Fonte: O Estado de S. Paulo )   

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