O Konsomolets, submarino nuclear soviético, que
afundou no mar da Noruega em 1989, ainda emite radiação, ainda que em nível
oitocentas mil vezes maior do que o normal, afirmaram ontem pesquisadores
noruegueses. Nesse contexto, consoante a
Agência Norueguesa de Radiação e Segurança Nuclear, foram encontrados danos
extensos no submarino Komsomolets, que se acha a 1.700 metros de profundidade
no Mar de Barents, no Oceano Ártico.
Os pesquisadores identificaram o nível de oitocentos becquerels por
litro a 1.700 m de profundidade (o nível normal nessa profundidade na água
salgada é de 0,001 becquerel por litro). Essa elevação foi registrada na área
de um duto de ventilação do submarino.
Consoante Hilde Elise Heldal, do Instituto Norueguês de Pesquisa
Marinha, mesmo elevados os níveis de radiação não causam grandes alterações na
água, além do fato de o submarino encontrar-se em profundidade onde não há muita
vida.
"O que achamos tem pouco impacto nos peixes. Como os destroços
estão localizados a uma grande profundidade, a poluição do Komsomolets é
rapidamente diluída", disse Heldal.
Duas ogivas nucleares,
além de um reator atômico, permanecem no interior do submarino, de 122 m de
cumprimento. Autoridades russas e
norueguesas examinam anualmente os destroços desde os anos noventa, para
monitorar os níveis de radiação e os riscos de poluição.
Inaugurado em 1983, o
Komsomolets era o submarino com maior alcance de profundidade na época, segundo
a CIA. A embarcação tinha a capacidade de lançar tanto armas nucleares, quanto
tradicionais.
Esse submarino
apresentou problemas no reator quando se achava a 355 metros de profundidade,
durante um cruzeiro que já durava há 39
dias. Nesse acidente, ocorrido a sete de
abril de 1989, 42 pessoas morreram.
(
Fonte: O Estado de S. Paulo )
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