O
governo venezuelano de Nicolás Maduro libertou 22 presos políticos na noite de
quinta-feira, quatro de julho, inclusive os casos oriundos de desmandos mais
graves da ditadura chavista: a juíza Maria Lourdes Afiuni e o jornalista Braulio Jatar.
A notícia foi dada ontem, cinco de julho, pela Alta-Comissária para
Direitos Humanos, das Nações Unidas, Michelle Bachelet. É de frisar-se que somente os nomes da Afiuni
e de Jatar foram divulgados pela Comissária.
As outras vinte pessoas são estudantes que estavam encarcerados em
Caracas por motivos não divulgados.
Como se vê, apesar do rufar de tambores, os troféus obtidos poderiam
abranger um número de "libertações" mais significativo de
parte do ditador Maduro.
Quanto à juiza Afiuni (destituída
por Hugo Chávez), ela ficou quase uma década presa sem julgamento, por haver
libertado o banqueiro Eligio Cedeño , mediante alegado suborno, o que ela nega.
Mais tarde, a juiza Afiuni foi estuprada na prisão, assinalando
inclusive que as autoridades lhe negaram atendimento médico.
Seu irmão, Nelson
Afiuni, disse que ela já está em liberdade, desde a tarde de sexta, mas tem de
se apresentar periodicamente a um juiz, até que a sentença de sua libertação
seja publicada.
Por orientação do
próprio advogado, José Amado Graterol, a Afiuni foi aconselhada a não dar
entrevistas. Graterol também coordena o
partido opositor Vente Venezuela, que é ligado à ex-deputada Maria Corina Machado,
corajosa crítica do chavismo.
( Fonte: O
Estado de S. Paulo )
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