sábado, 6 de julho de 2019

A Bachelet livra 22 da cadeia chavista


             
            O governo venezuelano de Nicolás Maduro libertou 22 presos políticos na noite de quinta-feira, quatro de julho, inclusive os casos oriundos de desmandos mais graves da ditadura chavista: a juíza Maria Lourdes Afiuni e o jornalista Braulio Jatar.
                 A notícia foi dada ontem, cinco de julho, pela Alta-Comissária para Direitos Humanos, das Nações Unidas, Michelle Bachelet.  É de frisar-se que somente os nomes da Afiuni e  de Jatar foram divulgados pela Comissária.  As outras vinte pessoas são estudantes que estavam encarcerados  em Caracas por motivos não divulgados.
                    Como se vê, apesar do rufar de tambores, os troféus obtidos poderiam abranger um número de  "libertações" mais significativo  de parte do ditador Maduro.

                     Quanto à juiza Afiuni (destituída por Hugo Chávez), ela ficou quase uma década presa sem julgamento, por haver libertado o banqueiro Eligio Cedeño , mediante alegado suborno, o que ela nega. Mais tarde, a juiza Afiuni foi estuprada na prisão, assinalando inclusive que as autoridades lhe negaram atendimento médico.  
                         Seu irmão, Nelson Afiuni, disse que ela já está em liberdade, desde a tarde de sexta, mas tem de se apresentar periodicamente a um juiz, até que a sentença de sua libertação seja publicada.
                           Por orientação do próprio advogado, José Amado Graterol, a Afiuni foi aconselhada a não dar entrevistas.  Graterol também coordena o partido opositor Vente Venezuela, que é ligado à ex-deputada Maria Corina Machado, corajosa crítica do chavismo.


( Fonte:  O Estado de S. Paulo  )

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