sábado, 3 de setembro de 2016

Bem-vindos ao efeito Estufa

                    

             Cientistas especializados no desafio climático, após inúmeras verificações da costa leste dos Estados Unidos, já afirmam que o avanço do oceano Atlântico não é para ser computado daqui a cem anos.
             O exame do litoral marítimo estadunidense determina que essa progressão - decorrência do aumento da temperatura média da Terra - já é para este século XXI. Há vários países insulares, sobretudo no Pacífico, ameaçados de desaparecimento, pela elevação do nível do mar.
              A Groenlandia - aquela enorme ilha no Atlântico Norte - está encolhendo. Dela tendem a descolar-se enormes placas de gelo. Em outras palavras, essa grande ilha, de soberania dinamarquesa, está derretendo.
              Por outro lado, o Polo Norte sofre os efeitos do fator térmico e a antiga rota do Ártico, que pelo anterior congelamento só era navegável numa parte do ano, agora os navios podem cruzá-la o ano inteiro!
              Assim, quando se anuncia que a costa leste americana breve estará necessitando de uma nova cartografia, eis que o seu desenho atual  tende a transformar-se em vários pontos, não é afirmação sensacionalista. É a crua verdade.
               Diante dessa progressão inexorável, a única solução está em adotar uma política para valer quanto à contenção dos diversos fatores que contribuem para o aquecimento do planeta Terra.
               Nesse campo, não há demagogia, nem aterros que resolvam o problema. A única maneira de afrontar o problema será através de política energética que respeite o planeta e que realmente contribua para diminuir a acumulação de gás carbônico, com a consequente elevação da temperatura média da terra.
               Não há mais, na prática, distinções entre países desenvolvidos e aqueles em desenvolvimento.  Todos estão no mesmo barco e estão por consequente sujeitos aos mesmos problemas. Nesse contexto, não serão mais possíveis as promessas habituais - como v.g. o que se prometeu com relação à Baía de Guanabara e não se cumpriu. Que estamos transformando essa baía em cujas águas límpidas mergulhei nos anos cinquenta (como relato na minha série Lembranças do meu tio Adolpho), e que por uma mistura de corrupção, mau-caratismo e o típico pendor de muitos governantes brasileiros de apelar para o tal jeitinho, ou então a promessa desavergonhada como foi o caso do compromisso em Copenhaguen, posteriormente cinicamente rompido, a dita Baía caminha a passos rápidos para transformar-se em lagoa rasa e infecta...



(a continuar, oportunamente...)                              

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