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Segundo informa a
Folha, pacientes com Covid-19 em hospitais privados tem uma taxa de cura
cinquenta por cento maior do que a das instituições públicas. Em média, 51% dos
doentes hospitalizados em unidades privadas sobrevivem, índice que cai
para 34% nos hospitais públicos.
Os índices de cura nas unidades públicas são menores em estados do Norte
e Nordeste do Brasil. A média é de 45% em Pernambuco e 53% no Pará, ante 60% em
São Paulo e 79%, no Rio Grande do Sul .
Há também mudanças ao longo do tempo.
Em períodos de hospitais lotados e grande ocupação das UTIs do SUS,há um
maior percentual de mortes. É o que se observa, v.g., no Amazonas, primeiro
estado a ter o sistema de saúde em colapso, em meados de abril.
No último mês, com maior disponibilidade de leitos de UTI e profissionais de saúde mais experientes, a
rede pública aumentou a taxa de cura e a desigualdade foi reduzida em boa parte
dos estados - no Ceará, o SUS chegou a ultrapassar a rede privada.
Mesmo com a melhora, ainda há grande disparidade entre unidades
públicas e privadas, e entre as regiões do país. O Rio de Janeiro, v.g., se
mantém como um dos locais em que o abismo entre as duas redes é mais evidente.
Segundo especialistas, não é possível apontar apenas uma causa para a
disparidade, mas um fator relevante é o controle de doenças crônicas. As
comorbidades, de acordo com os infectologistas, são uma questão chave na
batalha contra a doença. É também um dos quesitos em que as desigualdades
sociais mais afetam a saúde da
população.
(
Fonte: Folha de S. Paulo )
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