Enquanto
não se descobrirem - ou prepararem - medicamentos específicos para a Covid -
19, o afastamento físico será sempre um modelo a ser considerado. Dada a
gravidade do desafio colocado por essa enfermidade, dificuldade esta que é composta pela extensão
quase planetária do impacto deste mal que é transmitido pelo novocoronavírus, compreende-se a
extensão e o impacto deste mal.
Há decerto enorme diferença entre a capacidade técnica e médica de
enfrentar esse vírus, e aquele que causara a chamada gripe espanhola, que
provavelmente surgiu das infectas galerias de trincheiras da Grande Guerra. Em
termos técnicos e de instrumentalia faltava muito para se ter um melhor
entendimento desse enorme desafio, em época desprovida da qualidade dos atuais aparelhos para
mensurar a extensão da ameaça daquela que foi a grande ceifadora existencial da
segunda década do nascente século vinte.
Segundo minha avó materna - conforme já referi neste blog - ela admirava o belo casal então
formado por quem mais tarde seria o meu avô Antonio Mendes Filho e a sua jovem
esposa Maricota, que foi arrancada do convívio da sociedade sul-riograndense
por intervenção da "Espanhola"
O distanciamento social constitui uma óbvia defesa contra enfermidade como a Covid-19. Apesar dos
progressos já registrados no combate a tal mega-epidemia, não há negar que o
arsenal para a defesa das populações só tende a crescer, sobretudo através da
reação por intermédio das vacinas, de que existem na praça alguns espécimes,
que em breve reforçarão as defesas das populações envolvidas. Há várias já em
exame, como a inglesa e a chinesa. Surgirão decerto outras que reforçarão as
defesas do Homem e que, por conseguinte, conterão a expansão desse mal que pode
ser mortal, como o demonstram os macabros sinalizadores nos EUA, Brasil e
India.
Com a aplicação maciça
das vacinas, o mal da Covid-19 não poderá mais alastrar-se com a desenvoltura
que lhe tem marcado a macabra trajetória até o presente.
De todos os instrumentos
de combate à Covid, o distanciamento
social tem sido por ora o mais eficaz.
Por uma série de características, a distância a princípio se afigurou
como o meio de defesa mais eficaz contra tal flagelo. Se o conceito é primitivo
- afastar pela distância a possibilidade de o vírus adquirir uma força
catastrófica, em um fenômeno que poderia denominar de efeito Lombardia - como ocorreu na velha Bota italiana, por força
do retorno de grandes torcidas lombardas, que retornavam depois de uma partido
de calcio.
Os italianos
mostraram ao mundo a sua capacidade de vencer os efeitos malignos do vírus pelo
distanciamento social, mostrado com admirável eficácia em cerimônias sem
público na Praça S. Pedro, de que Sua Santidade o Papa Francisco deu uma
corajosa lição ao povo italiano e aos fiéis que através da TV acompanharam Sua
Santidade.
A grande inimiga
desse método singelo está no caráter irrequieto das povoações, caráter este que
pode tornar-se cada vez mais potencialmente homicida
através do contágio generalizado, que é uma variável composta por mobilidade
dentro das grandes aglomerações, que pode ser havida como quase homicida (micidiale) pelo espaço - em geral
reduzido - que cria para acelerar a transmissão da doença.
Daí, as
vantagens do distanciamento social e a injunção de evitar-se grandes
agrupamentos em cerimônias seja religiosas, seja esportivas, seja políticas.
A criação
de grandes espaços vazios é um instrumental poderoso para prevenir os efeitos
ruinosos das aglomerações. Evitar o contágio, seja em conduções apinhadas, seja
em assembleias que tendem a ensejar a transmissão do vírus, seja em passeatas que nesses tempos de pandemia podem transformar-se em reanimadores dessa gripe que tantos óbitos tem produzido em países marcados pelo individualismo e a falta de um senso de disciplina.
Fontes: TV pontifical,
relatos dos surtos epidêmicos na Lombardia e na península ibérica; medidas
profiláticas, como o exemplo dado por Papa Francisco na sua aparição em Praça São
Pedro deserta dos seus habituais fiéis.
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