Dedicado, com muito Amor, à minha inesquecível esposa, Ana Bohrer.
Gestoras
de grandes fortunas brasileiras estão ampliando a oferta de fundos voltados à
sustentabilidade. Impulsionadas pela maior demanda no mercado global por
investimentos em "causas verdes",
administradoras de recursos estão migrando suas carteiras de negócios e
estruturando novos produtos direcionados pelos critérios, tanto ambiental,
quanto social e de governança (ESG,
na sigla environmental, social and
government).
Com
cerca de R$ 30 bilhões, sob gestão em fundos verdes, o Brasil decerto ainda
engatinha, se comparado ao mercado global, que administra quase US$ 1 trilhão em fundos sustentáveis. Mas
já se disse que a marca de mil léguas começa com um passo, e, posto que
tenhamos no momento talvez o pior Administrador de Meio Ambiente que imaginar-se possa, tanto a iniciativa
popular e privada, quanto as nossas potencialidades, pela própria magnificência
e pelo consequente lucro que oferecem desde que explotados de forma correta,
inteligente e sobretudo voltada para o futuro, que não é aquele dos desertos da
África do Norte, assim como do submundo da governança que visa à falsa riqueza
dos largos, áridos espaços sem estória nem esperança, como é o plano dos atuais
energúmenos, que quer pelo voto enganoso, quer por propósitos tão burros quanto
inconfessáveis, se propõe colher os amargos frutos de uma cobiça tão burra,
quanto cega e até desesperada, e, por isso. pensam fazer a hora, posto que, em
verdade, malbaratem as conquistas do Passado, pela herança maldita de um futuro
que só existe, seja nas cúpidas e burras imaginações, seja nos eternos opor-tunistas
de fôlego curto, e que não contribuem para a boa gestão, nem a deixam sequer acontecer...
Quem sabe faz a hora e por isso não deixa acontecer o que lhe é manifestamente
contrário. Um par de imbecis, acolitado por oportunistas de fôlego curto, cujos
lôbregos conselhos já foram descobertos pelos raios impiedosos da verdade, ao
cabo vieram à luz. Da verdade, são cruéis os raios que expõem os falsos
profetas.
Sob as trevas do então regime
militar, cantava a juventude, no compasso da esperança que traz a inabalável certeza
- quem sabe faz a hora, não deixa acontecer! Assim, não é nada bom trocar por
aquilo que pensam ser o futuro, quando na verdade não passa de passado que, a
despeito de vestir-se com roupas novas, nada mais é que fantasia de arribação...
A voz rouca do passado não é só memória. Os
sonhos que ela acalenta, como anelos de liberdade, têm a força dos desejos
primevos, e não é nada bom desconhecê-los.
( Fonte: lembranças
do passado e do presente, e de quanto as velhas imagens trazem confiança para
as empresas do porvir.)
Um comentário:
Muito pertinente a associação da cegueira dos políticos e dirigentes do nosso país com a poesia de vanguarda de Geraldo Vandré na letra Caminhando ":Quem sabe faz a hora não espera acontecer..."
Tenho certeza que a Ana ficaria muito orgulhosa com teu texto.
Postar um comentário