quarta-feira, 15 de julho de 2020

Descontrole na Saúde


                                             
      'O Brasil vive ao mesmo tempo uma pandemia e um pandemônio'. É assim que o cientista Miguel Nicolelis se reporta aos dois meses hoje completados sem um titular à testa do Ministério da Saúde. E como ele não deixa de recordar "o pandemônio também mata".
          Dessarte, desde a saída de Nelson Teich, em quinze de maio, a pasta segue sob comando interino e com gestão militar que mudou protocolos e rotinas e enfrenta dificuldades para cumprir algumas promessas, como a distribuição de testes (46 milhões).
           Será realmente difícil de entender que, de acordo com a sua conhecida renúncia em ter alguma liderança na luta contra a Covid-19, o presidente Jair Messias Bolsonaro não veja empecilho maior em também omitir-se no que tange à gestão desse ministério, que deveria ser capital no vários fronts dessa batalha que envolve a nossa gente, de um lado, os hospitais - e as UTIs, que trazem consigo a diferença capital entre vida e morte no tratamento da infecção grave dessa enfermidade - assim  como, de outro lado, na orientação e assessoria das várias regiões do gigante Brasil, e em transmitir a indispensável linha assistencial e médica.
               Não se trata aqui de desejo ou não de inculpar o Presidente Bolsonaro, mas, quer queira, quer não, o presidente não pode, como Pilatos, lavar as mãos, como se nada tem a ver com a liderança a tomar e sobretudo a transmitir nessa luta contra esta grande epidemia, de que o Povo brasileiro já contribui com 74.262 mortos e 1.931.204 contagiados, na data hodierna.
                  Por sua gestão pouco responsável nos Estados Unidos do desafio da Covid-19, o povo americano já vem responsabilizando o presidente Trump na sua tentativa de reeleição. Por uma série de erros, Trump vem perdendo para o democrata Joe Biden a batalha eleitoral em muitos estados americanos, que no passado tendiam a sufragar o candidato republicano. Tal não é mais o caso, pela má liderança de Trump, o que, pelo visto, tende a assegurar que a Casa Branca terá em breve um novo residente.
(Fonte: O Globo )

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