'O Brasil vive ao mesmo
tempo uma pandemia e um pandemônio'. É assim que o cientista Miguel Nicolelis se reporta aos
dois meses hoje completados sem um titular à testa do Ministério da Saúde. E
como ele não deixa de recordar "o pandemônio também mata".
Dessarte, desde a saída de Nelson
Teich, em quinze de maio, a pasta segue sob comando interino e com
gestão militar que mudou protocolos e rotinas e enfrenta dificuldades para
cumprir algumas promessas, como a distribuição de testes (46 milhões).
Será realmente difícil de entender
que, de acordo com a sua conhecida renúncia em ter alguma liderança na luta
contra a Covid-19, o presidente Jair Messias Bolsonaro não veja empecilho maior
em também omitir-se no que tange à gestão desse ministério, que deveria ser
capital no vários fronts dessa
batalha que envolve a nossa gente, de um lado, os hospitais - e as UTIs, que trazem consigo a diferença
capital entre vida e morte no tratamento da infecção grave dessa enfermidade -
assim como, de outro lado, na orientação
e assessoria das várias regiões do gigante Brasil, e em transmitir a
indispensável linha assistencial e médica.
Não se trata aqui de desejo ou
não de inculpar o Presidente Bolsonaro, mas, quer queira, quer não, o
presidente não pode, como Pilatos, lavar as mãos, como se nada tem a ver com a
liderança a tomar e sobretudo a transmitir nessa luta contra esta grande
epidemia, de que o Povo brasileiro já contribui com 74.262 mortos e 1.931.204
contagiados, na data hodierna.
Por sua gestão pouco
responsável nos Estados Unidos do desafio da Covid-19, o povo americano já vem
responsabilizando o presidente Trump na sua tentativa de reeleição. Por uma
série de erros, Trump vem perdendo para o democrata Joe Biden a batalha
eleitoral em muitos estados americanos, que no passado tendiam a sufragar o
candidato republicano. Tal não é mais o caso, pela má liderança de Trump, o que,
pelo visto, tende a assegurar que a Casa Branca terá em breve um novo
residente.
(Fonte: O Globo )
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