segunda-feira, 13 de julho de 2020

Azevedo avalia reação a Gilmar


       
     O Ministro da Defesa, general Fernando Azevedo, segundo declarou à imprensa, está avaliando  junto aos comandantes das Forças Armadas e à Advocacia Geral da União medidas que possam ser tomadas em reação ao Ministro do Supremo Gilmar Mendes. Como se sabe, a onze de julho Gilmar declarou que o Exército se está associando a um "genocídio", no que tange à crise sanitária instalada no país em meio à pandemia da covid-19, que seria agravada pela falta de um titular no Ministério da Saúde.
       Nesse sentido, Azevedo afirmou estar "indignado", com o que ele considera serem "acusações levianas" do Ministro ao Supremo.
          Há 59 dias sem um titular na Saúde, o Brasil já acumula mais de 71,5 mil óbitos e 1,8 milhão de contaminados. Depois das saídas dos médicos Luiz Henrique Mandetta (este, na prática, afastado pelo presidente Bolsonaro) e Nelson Teich, o general Eduardo Pazuello - militar da ativa, especializado em questões logísticas, assumiu, em caráter interino, o ministério.
           Foi na gestão de Pazuello que o ministério da Saúde mudou a orientação sobre o uso da cloroquina, passando a recomendar o medicamento desde o início dos sintomas do novo coronavírus. É de frisar-se, no entanto, que a droga não tem a eficácia comprovada pela OMS. Atualmente, ao menos vinte militares, sendo catorze da ativa, ocupam cargos estratégicos no Ministério da Saúde.

             Os comandantes militares e o general Azevedo conversaram por telefone para combinar estratégia de reação à fala de Gilmar. Não está descartada a possibilidade de o Governo acionar a Justiça para cobrar uma retratação de Gilmar.

              Gilmar Mendes tem pontes com as Forças Armadas. Em junho, como assinala o Estado de S. Paulo se encontrou com  o general Edson Leal Pujol, comandante do Exército, em plena crise entre Planalto e Judiciário.

( Fonte: O Estado de S. Paulo )

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