O
Ministro da Defesa, general Fernando Azevedo, segundo declarou à imprensa, está
avaliando junto aos comandantes das
Forças Armadas e à Advocacia Geral da União medidas que possam ser tomadas em
reação ao Ministro do Supremo Gilmar Mendes. Como se sabe, a onze de julho
Gilmar declarou que o Exército se está associando a um "genocídio",
no que tange à crise sanitária instalada no país em meio à pandemia da
covid-19, que seria agravada pela falta de um titular no Ministério da Saúde.
Nesse
sentido, Azevedo afirmou estar "indignado", com o que ele considera
serem "acusações levianas" do Ministro ao Supremo.
Há 59
dias sem um titular na Saúde, o Brasil já acumula mais de 71,5 mil óbitos e 1,8
milhão de contaminados. Depois das saídas dos médicos Luiz Henrique Mandetta
(este, na prática, afastado pelo presidente Bolsonaro) e Nelson Teich, o
general Eduardo Pazuello - militar da ativa, especializado em questões
logísticas, assumiu, em caráter interino, o ministério.
Foi
na gestão de Pazuello que o ministério da Saúde mudou a orientação sobre o uso
da cloroquina, passando a recomendar o medicamento desde o início dos sintomas
do novo coronavírus. É de frisar-se, no entanto, que a droga não tem a eficácia
comprovada pela OMS. Atualmente, ao menos vinte militares, sendo catorze da
ativa, ocupam cargos estratégicos no Ministério da Saúde.
Os comandantes militares e o general Azevedo conversaram por telefone
para combinar estratégia de reação à fala de Gilmar. Não está descartada a
possibilidade de o Governo acionar a Justiça para cobrar uma retratação de
Gilmar.
Gilmar Mendes tem pontes com as Forças Armadas. Em
junho, como assinala o Estado de S. Paulo se encontrou com o general Edson Leal Pujol, comandante do
Exército, em plena crise entre Planalto e Judiciário.
(
Fonte: O Estado de S. Paulo )
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