domingo, 12 de julho de 2020

Trump perdoa Stone em caso acintoso


             
       É notória a intervenção russa - leia-se gospodin Putin - nas eleições americanas de 2016, o que se deve prima facie ao ódio que o presidente russo votava a Hillary Clinton, a candidata democrata, derrotada por uma conjunção de intervenções bastante suspeitas, como a do então diretor do FBI Jim Comey, que mandara às portas da eleição para o Congresso americano estranhíssima comunicação oficial sobre mais um exame pelo FBI dos e-mails de Hillary Clinton, a 28 de outubro, em outro computador. Embora mais tarde se saberia, que nada fora encontrado nesse novo computador,  a má-fé da comunicação literalmente às portas da eleição fica revoltantemente clara.

         Trump agora, com a hübris da presidência, resolveu desconsiderar lições do seu modelo político Richard Nixon, o que o levou a perdoar a sentença de prisão de seu amigo Roger Stone, condenado por obstruir uma investigação do Congresso ligada à suposta conspiração russa nas eleições de 2016. Ora, era isto justamente que lhe encareciam os assessores mais próximos: não beneficiar um aliado político em um caso como aquele, e assim cruzar uma linha que o próprio Nixon, no drama de Watergate, não se atrevera a cruzar.

( Fontes:  O Estado de S. Paulo, What  Happened, de  Hillary Clinton )

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