Uma
vez mais as autoridades do governo reconhecem tardiamente que houve atraso nas
ações de proteção.
Mas
dada a índole da chefia - e também da subchefia - poder-se-ía confiar em que
tomariam qualquer ação digna desse nome?
O
Inpe cumpre a sua triste missão: a devastação cresceu 25% no primeiro semestre, em relação a 2019.
O vice-presidente general Mourão - que
debateu o tema com empresários - reconheceu atraso nas ações de proteção.
É um filme cuja projeção já cansa os seus espectadores ex-officio. O
enredo não muda, e as perdas se repetem monotonamente à cada estação do
roteiro. Ao contrário dos filmes de
mocinho, a brigada ligeira chega sempre tardiamente e tudo fica no mesmo.
Ou será que não fica? Com esse elenco haveria motivo para torcer por um
outro desfecho, em que os cínicos bandidos fossem castigados, os indígenas
sejam defendidos e no Forte Brasil, perdido em algum canto do majestoso Inferno
Verde, explorado pelo Barão von Humboldt e por outros mais, de menor peso e
fama, os garimpeiros não mais molestem os indígenas, que, como nativos,
merecem apoio e respeito, não só aqueles para inglês ver.
Gostaria de presenciar a menos visitas rituais de estrangeiros que
defendem aquilo que as autoridades do governo Bolsonaro deveriam respeitar. O
que deveria cansar-nos é que, por motivos confessáveis ou não, o patrimônio de
nossos antepassados venha a ser malbaratado, por anos a fio.
(
Fonte: O Globo )
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