O
Ministério da Educação segue sem titular e, na prática, à deriva. Nesse contexto, o Secretário da Educação do
Paraná, Renato Feder, recusou a chefia da pasta, diante da oposição através das
redes sociais dos sólitos olavistas e das demais alas ideológicas do governo
Bolsonaro.
Depois
da saída, de Abraham Weintraub, a 18 junho, do MEC tangido por vários
escândalos, o Governo Bolsonaro tenta
encontrar substituto para a pasta, sem sucesso. O patético episódio do
professor Carlos Alberto Decotelli já é conhecido.
A
decisão sobre quem deve finalmente assumir o Ministério da Educação é esperada
para esta semana. Assim, uma parte do grupo militar no governo com influência
evangélica tenta emplacar Anderson Correia; e Ilona Becskeházy, atual
secretária da Educação Básica do MEC, conta com o apoio de olavistas. Não se está
interessado em designar alguém com capacidade executiva e bons planos. A
ideologia, de preferência extrema, passa primeiro.
Por
sua vez, a ausência de um mínimo de consciência quanto à importância da Saúde,
no Brasil atual, tendo presente de resto o avanço das mortes pelos erros da
estúpida flexibilização, responde pela escandalosa falta de um titular à altura
no Ministério da Saúde, eis que a Pasta em que Mandetta se distinguiu (só para
ser afastado por Bolsonaro, que considerava a sua popularidade damasiado alta),
está entregue há quase dois meses ao general Eduardo Pazuello, na qualidade de
interino. Como o presidente Jair Bolsonaro já deu sinais bastantes de que não
se interessa pela Saúde, mesmo com o grande desafio da Covid-19, será que o
Brasil pode, mesmo assim, em sã mente,
ficar com um não-médico militar nesse Ministério, enquanto os mortos
brasileiros já ascendem a 64.900?
(
Fonte: O Globo )
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