domingo, 12 de julho de 2020

Gilmar: Exército se associa a genocídio na Saúde


               
       O ministro do Supremo, Gilmar Mendes, disse a onze de julho corrente que o Exército se está associando a um "genocídio", ao se referir à crise do novo coronavírus, agravada pela falta de um titular no Ministério da Saúde.

           O Brasil está há 58 dias sem um ministro para essa Pasta. É a primeira vez desde 1953 que o ministério fica todo esse tempo sem um titular. O general Eduardo Pazuello assumiu interinamente a pasta, após o ministro Nelson Teich pedir demissão em quinze de maio.

            "Não podemos mais tolerar essa situação que se passa no Ministério da Saúde. Não é aceitável que se tenha esse vazio. Pode até se dizer: a estratégia é tirar o protagonismo do governo federal, é atribuir a responsabilidade a estados e municípios. Se for essa a intenção é preciso fazer alguma coisa", afirmou Gilmar, em videoconferência  realizada pela revista Isto É.

               "Isso é péssimo para a imagem das Forças Armadas. É preciso dizer de maneira muito clara: o Exército se está associando a esse genocídio. É preciso pôr fim a isso", prosseguiu.

            Na última terça-feira, o presidente Bolsonaro disse que Pazuello não ficará no cargo, mas não sinalizou que procure outro ministro.  Pazuello é apontado por colegas de governo e secretários de saúde como mais influente e poderoso que Teich. Desde que assumiu o comando do ministério tomou decisões que escancararam a mudança de posicionamento do governo federal.  O órgão chegou mesmo a publicar orientações para o uso da cloroquina desde os primeiros sintomas do novo coronavírus em  20 de maio, mesmo sem a droga apresentar eficácia e deixou de defender o distanciamento social.

( Fonte: O Estado de S. Paulo )

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