De olho na
próxima disputa pela sucessão de Rodrigo Maia (DEM-RJ), MDB e DEM
lideram movimento que visa a expurgar do bloco que apóia o chamado Centrão
a bancada de deputados mais próximos de Jair Bolsonaro. À sucessão de Maia - que tem crescido em
influência na direção da Câmara - se deseja preservar uma aproximação com
núcleo de deputados mais próximos do notório Centrão. A articulação em marcha visa a debilitar o
líder do PP, Artur Lira (AL),
que tem ganho espaço no círculo bolsonarista, e que é inclusive encarado como
possível candidato à cadeira de Maia.
Sob o
argumento de buscar mais autonomia, DEM e MDB (juntos somam 63 cadeiras) anunciam o desígnio de afastar-se do chamado blocão - grupo que reúne nove partidos e
cerca de duzentos parlamentares - dentre os quais o notório Centrão, vinculado
a legendas como PP, PTB, Solidariedade e PL. O chamado Centrão foi o degrau de início escolhido pelo Governo Bolsonaro
para preservar a respectiva influência na Câmara. Para quem está familiarizado
com o legislativo brasileiro, a fama do chamado Centrão é conhecida, e o recurso deste Governo a tal tipo de apoio
já pode dar vários elementos quanto à posição parlamentar da Administração Jair
Bolsonaro.
Rodrigo Maia (DEM - RJ) tem crescido, máxime
pela sua direção da Câmara dos Deputados, e ,
nesse contexto, tal acerto, como
toda providência fundada com as vistas na boa governança, constitui um dado
positivo, ainda que as entre-correntes e as perspectivas da política sob a
administração Bolsonaro não costumem obedecer aos manuais clássicos da
política.
O
indiidualismo - sobretudo se a liderança não se pauta pela lógica política -
constitui estrela que induz à escassa confiança, e que, por conse-guinte, deve
condicionar o recurso à prudência e à
sua amiga cautela, em doses que, para o comum dos mortais, podem ser havidas
como cavalares...
(
Fonte: Folha de S. Paulo )
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