segunda-feira, 27 de julho de 2020

Covid -19 cresce em onze Estados


              
     A epidemia do coronavirus bateu novo recorde neste fim de semana no Brasil. É sinal de que ainda está longe do fim, estacionando em platô demasiado alto, que desde o início do mês se mantém acima das mil mortes diárias. No sábado, a média móvel indicou 1.097 óbitos por dia, ao longo de uma semana. Onze estados ainda testemunham incremento no número diário de óbitos por Covid-19, em cenário atribuído pelos cientistas ao afrouxamento excessivo e à desobediência às regras de isolamento social e à falta de coordenação pelo Governo Federal.

       Na prática, o Ministério da Saúde está sem titular desde meados de maio. Na verdade, desde a saída de Mandetta, induzida pelo Presidente Bolsonaro, a situação está, na prática, fora de controle. Com o curto e fraco intervalo da administração Teich (que sucedera à Mandetta, dispensado pelo Presidente por motivos até hoje não esclarecidos, e que teriam mais a ver com a popularidade da própria gestão Mandetta).

          Afirma-se que a Saúde está, na prática, sem titular, porque o atual ministro, o general Pazuello, a par de ser militar, não tem experiência médica. Assim, desde meados de maio a média móvel diária de óbitos aumentou 52%.  A falta de liderança - e, por conseguinte, de coordenação, a situação clínica tende a agravar-se pela ausência de diálogo, sobretudo no Rio de Janeiro, igualmente entre as prefeituras e o governo estadual. A falta da presença federal se reflete  nessa descoordenação,  que se reflete negativamente na população civil.
              Há um outro problema paralelo - que é acentuado pela falta de uma proteção especial à nossa comunidade indígena,  que estaria sofrendo perdas proporcionalmente maiores, por uma postura da Administração Bolsonaro, que até o presente não se tem caracterizado ´por uma política que privilegie as comunidades indígenas, culturalmente com defesas menores contra as várias ameaças que infestam às suas reservas, como a invasão de garimpeiros, que de modo algum, em condições republicanas, deveria ser tolerada pelo Governo Federal. Infelizmente, não é o que se vem observando, e a condição indígena grita por proteções federais mais presentes e eficazes, o que não tem sido infelizmente o caso, conforme os registros das comunidades indígenas ameaçadas.

( Fontes: O Globo e Folha de S. Paulo )

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