Transcursos
apenas cinco dias após sua nomeação pelo Presidente Bolsonaro, Carlos Decotelli pediu demissão ontem,
trinta de junho, após revelada uma série de falsidades no próprio currículo.
A Universidade em Rosario na Argentina, através
de seu reitor, Franco Bertolacci,
iniciara o trabalho de desmonte do currículo
apresentado pelo candidato à sucessão de Abraham
Weintraub, ao negar Bertolacci por primeiro, que ele Decotelli houvesse obtido em Rosario o
doutorado. Existiam, inclusive, sinais de plágio na sua dissertação de
mestrado.
Se
a reação argentina fora o primeiro sinal desfavorável, não tardaria a segunda
sinalização negativa, que desmontaria o que porventura restasse do frágil
arcabouço apresentado pelo professor
Decotelli. Com efeito, havendo Decotelli escrito no seu curriculum haver feito pesquisa de pós-doutorado na Universidade
de Wuppertal, na Alemanha, não é que também Wuppertal se apressa em desmontar
o que o postulante intentara asseverar. Não tardaram, com efeito, em surgirem
da Universidade germânica as más notícias, eis que tampouco Carlos Decotelli
possuía qualquer título na referida universidade de Wuppertal.
Por força da série de notícias negativas, não restou ao Ministro da Educação, Carlos Decotelli,
senão anunciar o próprio pedido de demissão ao cargo para o qual fora nomeado
há cinco dias pelo Presidente Jair Bolsonaro.
Confirmada pelo próprio a solicitação de exoneração, a demissão foi na verdade a maneira encontrada
pelo Governo para encerrar a crise criada com as falsidades no próprio
currículum acadêmico do candidato. Dessarte, concluiu-se o breve mandato do
terceiro Ministro da Educação da gestão Bolsonaro, Carlos Decotelli, a que
acompanham as lições respectivas quanto à necessidade da prudência no que tange
à titulação de quem deva ser o quarto Ministro da Educação da presente gestão
presidencial.
( Fonte: Folha de S. Paulo )
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