Um dia depois será que
as coisas ficam mais claras? Um dia depois...
No caso do presidente Donald Trump,
será que vinte e quatro horas bastam?
Ele não está mais no salão de
Helsinque, ao lado de Vladimir Putin. As feéricas luzes dos lustres gigantes já
são impressões do passado.
O Air
Force One, que é símbolo do poder presidencial nos Estados Unidos, já o
trouxe para Washington.
No avião e na Casa Branca, a
repercussão de seu encontro com Putin surge muito diversa das reuniões
anteriores com outras personalidades.
Se o silêncio predomina a principio,
na sucessão do tempo vem depois a estranheza, as censuras, muitas censuras e,
por fim, a generalização do repúdio que carrega consigo o peso de muitas
impressões e reações, amálgama de uma larga, ampla, sentida, por vezes raivosa condenação.
O presidente, sobretudo o dos
Estados Unidos, traz com ele a representação da Superpotência. Ora a sua
atitude na conferência de imprensa com o presidente da Rússia surge como o
contrário do Líder do Mundo Livre.
Será que tudo isso é passado?
A sua postura surge como oposta à atitude de já afastado antecessor
seu, Richard M. Nixon que, dedo em riste, à frente do então líder soviético
Nikita Krushev, expõe com veemência que a velha foto não dissimula a firmeza de
sua convicção. E a entourage do Primeiro Secretário do Partido Comunista, acusa o
golpe pela contrafeita surpresa, que ao evidenciar a cena, fala mais alto, na magia da imagem, ao
trazer-nos emoções e convicções que não só a destreza do fotógrafo, mas a
firmeza de quem as externa restam como que gravadas para sempre.
Não é todo dia que isso ocorre.
Com efeito, o que ontem aconteceu,
também foi momento de verdade.
Segundo a sabedoria dos Povos, a
grandeza de uma foto pode valer mais do que mil palavras.
Quanto à atitude e palavras de Mr
Trump, buscando desmerecer de seus expertos, e por conseguinte de seu país,
seria melhor que se busque esquecê-las... máxime se as compararmos às do passado.
( Fontes: The New York Times, The New York Review )
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