Apesar de seu jeito
fanfarrão, a chamada "tolerância
zero" que a Administração Trump tentara aplicar para os imigrantes
ilegais - prevendo de início a brutal separação de filhos e pais - começou a
desmoronar com a reação do povo americano que surpreendeu Trump e o Secretário
de Justiça Jeff Sessions.
Essa violenta e inumana medida teve
de submeter-se à sentença do juiz federal Dana
Sabraw, de San Diego (Calif.), que determinou prazo de um mês para que os
filhos fossem reunidos aos pais. Vigente desde abril - o que mostra a que ponto
de desumanidade a demagogia da chamada 'tolerância zero', levara o governo republicano de Trump.
Como um castelo de cartas
desmoronou a jogada que o presidente americano julgara fosse popular, e capaz
de render-lhe votos para os republicanos na próxima eleição intermediária. Mas
o tiro saíu pela culatra, forçado que foi ele a recuar, de modo a tornar menos
inumana a demagógica medida, diante da opinião pública mundial e mesmo
americana, que não imaginavam fossem capazes Trump e Sessions de serem tão
insensíveis a ponto de julgar possível recorrer a medida de tal repugnância na
brutalidade de seus traços impositivos e violentos.
De qualquer forma, a política da
separação forçada de filhos e pais se caracteriza pela crueldade - diante do
trauma de um afastamento entre mãe e filho -, além de poder trazer igualmente reações
sobremodo negativas para a criança, por uma série de circunstâncias nos asilos
que me pareceria desnecessário explicitar. Dentre os inúmeros aspectos negativos
dessa política mesquinha, condenada em todo o mundo, há um positivo: pôr a nu a
falta de sensibilidade das instâncias republicanas - leia-se Trump e Jeff
Sessions - capazes de conjuminar politica tão cruel e estúpida quanto a da
denominada tolerância zero para separar tenras crianças dos próprios
genitores...
(
Fonte: O Estado de S. Paulo )
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